29/07/2019 às 10h01min - Atualizada em 29/07/2019 às 10h01min

DetranRS traça perfil do motociclista gaúcho

DetranRS tem hoje registrados 1,9 milhão de condutores habilitados para dirigir veículos de duas rodas - Foto: Pixabay

Eles representam pouco mais de um terço do total de condutores do Rio Grande do Sul. São, em sua maioria, homens (80%), têm entre 26 e 40 anos (42%) e Ensino Médio completo (34%). Cerca de 40% é habilitado há mais de 20 anos e 23% pode exercer atividade remunerada com o veículo. O levantamento do perfil do condutor de duas rodas no Estado foi realizado pelo DetranRS para o Dia do Motociclista, que se comemora neste 27 de julho.

O DetranRS tem hoje registrados 1,9 milhão de condutores habilitados para dirigir veículos de duas rodas. Esse número representa 38% do total geral de habilitados, que chegou a cinco milhões em junho deste ano. Somente 139 mil possuem CNH apenas para conduzir moto (A) ou ciclomotor (ACC). A grande maioria possui habilitação combinada, sendo quase 70% aptos a conduzir moto e carro (categoria AB).

Os homens são a maior parte, com as mulheres representando apenas 20% do total de motociclistas (380 mil habilitadas). Mas essa diferença já foi maior. No ano de 2009, elas eram somente 14%, ou 182 mil de um total de 1,3 milhão de habilitados para dirigir moto ou ciclomotor. O percentual vem aumentando regularmente ao longo dos anos.

O Estado tem motociclistas de todas as faixas etárias, sendo um pouco mais concentrados na faixa dos 26 aos 40 anos (42% do total). Menos de 3% dos habilitados são jovens com menos de 21 anos. Essa experiência se reflete também no tempo de habilitação.  Quase 40% do total é habilitado há mais de vinte anos e 66% são habilitados há mais de 10 anos.

Além de ser um meio de locomoção, a moto também é hoje, para muita gente, instrumento de trabalho. Setenta e três por cento do total de habilitados possui escolaridade até o Ensino Médio e 23% tem autorização para exercer atividade remunerada com o veículo.

Infrações e acidentalidade

Somente 13% dos habilitados na categoria A e ACC possuem pontos ativos em seu prontuário relativos a infrações de trânsito, ou 252 mil de um total de 1,9 milhões de motociclistas. A grande maioria destes (98%) possui menos de 20 pontos. Somente 4,3 mil possuem mais de 20 pontos ativos.

A fragilidade natural do motociclista se traduz em números trágicos de acidentalidade. Nos primeiros cinco meses do ano, 163 motociclistas e 20 caronas de moto perderam a vida no trânsito gaúcho, 27% de um total de 675 vítimas.  Pouco depois dos condutores de veículos, que representaram 28% do total das vítimas, os motociclistas foram os mais vitimados nos acidentes. Considerando que as motos hoje representam 17% do total da frota gaúcha (1,2 de 6,8 milhões), o percentual é muito alto.

Para o diretor-geral do DetranRS Enio Bacci esse é um problema tão grave que demanda políticas públicas específicas por parte do Estado. “Precisamos melhorar a formação, mas só isso não basta. Levantamento do programa Vida no Transito, que mapeou todos os acidentes com motos na Capital entre 2012 e 2014, apontou que 31% dos condutores de moto que contribuíram para a ocorrência de acidentes de trânsito não eram habilitados. Isso quer dizer que estão dirigindo por aí sem nenhuma formação, sem ter conhecimento das regras elementares do trânsito e sem conhecer também a sua própria fragilidade. Precisamos atuar para trazê-los para dentro do sistema”.


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