24/04/2019 às 13h46min - Atualizada em 24/04/2019 às 13h46min

Em depoimento à polícia, homem apontado como autor de latrocínio se nega a responder perguntas

Detido em Portão na terça-feira, Rafael Santos Domingues também se recusou a fazer coleta de material genético e não explicou porque estava escondido no momento da prisão

Ronaldo Bernardi / Agencia RBS

O depoimento de Rafael Santos Domingues, 19 anos, apontado como um dos autores do latrocínio (roubo com morte) que vitimou pai e filho em Estância Velha, no Vale do Sinos, durou cerca de uma hora. Na Delegacia Regional de São Leopoldo, nesta quarta-feira (24), ele negou o crime, mas não respondeu as perguntas sobre outros detalhes – como o motivo pelo qual estava escondido.

Domingues foi preso na noite de terça-feira (23) pela Brigada Militar, em Portão. Na saída da delegacia, conduzido pelos policiais e com o rosto coberto por uma camiseta, limitou-se a dizer "não" quando questionado pela imprensa sobre se teve participação no crime.

Segundo o delegado Márcio Niederauer, responsável pela delegacia de Estância Velha, o preso afirmou que não teve participação no latrocínio e que não conhece o outro foragido, Davi dos Santos Mello, 20 anos, apontado como seu comparsa no assalto

Quando questionado sobre o motivo pelo qual estava escondido em Portão, se já esteve na joalheria em Estância Velha, sobre onde esteve nos últimos dias e o motivo pelo qual deixou a Vila Brás, em São Leopoldo, onde residia, ele silenciou.

— Eu solicitei que fosse feita coleta de material genético, para comparativo, já que ele se diz inocente, mas ele também se negou — disse o delegado. 

Durante a madrugada, familiares de Domingues também estiveram na delegacia em São Leopoldo e negaram à polícia que ele tenha tido participação no latrocínio. A defesa de Domingues não quis se manifestar. 

— Estamos tendo o primeiro contato com os autos. Em outro momento, vamos nos manifestar. Hoje foi o primeiro dia que tivemos acesso à questão. Só vamos saber posteriormente se vamos permanecer no caso — afirmou o advogado Rodrigo de Oliveira, que acompanhou o depoimento do preso, ao lado de outra advogada.

O crime

Em 10 de abril, Leomar Jacó Canova, 59 anos, e Luis Fernando Canova, 35 anos, proprietários de uma joalheira, morreram durante assalto ao local. As imagens das câmeras de monitoramento mostram dois homens armados efetuando o roubo. 

Funcionários do estabelecimento estavam colocando em sacos os pertences da loja, quando pai e filho tentaram reagir à ação. Segundo a polícia, os dois tentaram segurar a arma de um dos criminosos. O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil.


Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
RÁDIO DIFUSORA Publicidade 1200x90
Fale pelo Whatsapp
Atendimento
Precisa de ajuda? fale conosco pelo Whatsapp