13/08/2018 às 16h29min - Atualizada em 13/08/2018 às 16h29min

Conheça o Lar Acolhedor

O Lar Acolhedor é uma entidade assistencial situada na cidade de Três Passos, sem fins lucrativos, que tem a finalidade de acolher crianças e adolescentes (menores) com idades de 0 a 18 anos incompletos.
Foi fundada em 29 de outubro de 2008, onde teve a sua primeira sede na casa cedida por um de seus fundadores, Sr. Jorge Miguel Gonçalves Barcellos (Coronel Miguel), e administrada por ele juntamente com Sidenei de Quadros e José Bonifácio de Araújo, durante aproximadamente 6 anos onde trabalharam voluntariamente em prol da entidade, e com muito esforço e determinação Coronel Miguel à frente da diretoria conseguiram comprar o terreno com recursos da própria entidade e somente mais tarde com a ajuda dos municípios a atual sede foi construída.
Situada na Rua 8080 nº 888, Bairro, Ildo Meneghetti (hoje com o nome de Rua Menino Bernardo) em homenagem a Bernardo Boldrini, assassinado em 2014.
 De acordo com seu estatuto social, a entidade tem a capacidade de atender até 20 crianças e adolescentes de ambos os sexos, de 0 a 18 anos incompletos, considerados em situação de risco junto a suas famílias, conforme preconiza o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente em seu artigo 98). 
 
Como ocorre os acolhimentos?
Os menores que são vítimas ou em situação de risco e vulnerabilidade social, são encaminhadas pelo Conselho Tutelar, pelo Ministério Público ou pelo Juizado da Infância e Juventude. 
O acolhimento dessas crianças e adolescentes vítimas, muitas vezes de sua própria família, ocorre em caráter transitório, até que sua situação se resolva a nível judicial.
O Lar Acolhedor recebe essa “criança”, onde visa garantir e assegurar com absoluta prioridade a efetivação de seus direitos, como a vida, a saúde, a alimentação, a educação, a dignidade, o respeito, a liberdade e a convivência familiar e comunitária.   
Atuação técnica dentro do abrigo – A entidade possui dentro do seu quadro de funcionários (assistente social, psicóloga social, psicóloga clínica e pedagogas)
A atuação ocorre de forma Individual e grupal junto às famílias de origem, família extensa e família substituta, através de visitas domiciliares às famílias, articulação com a rede de serviços, elaboração periódica de relatórios sobre o acompanhamento psicossocial, além dos acompanhamentos em consultas exames especializados, trabalho grupal junto às crianças e adolescentes acolhidos. 

Como ocorre esse trabalho?
  • Acolhimento da criança e do adolescente; 
  • Contato e entrevista individual com cada criança e adolescente, com o intuito de resgatar e trabalhar sua história de vida; 
  • Atendimento psicossocial individual com os pais das crianças e adolescentes que estão sob o impacto do acolhimento; 
  • Organização de registros sobre a história de vida e desenvolvimento de cada criança e adolescente abrigado; 
  • Trabalho em grupo com crianças e adolescentes que já se adaptaram a condição de acolhimento, para a discussão de assuntos do cotidiano e descoberta de interesse e talentos; 
  • Inserção das crianças e adolescentes em atividades socioeducativas; 
  • Contato com outros profissionais envolvidos com as crianças e adolescentes para a formação da rede de apoio; 
  • Verificação da saúde e histórico médico;
  • Verificação e acompanhamento da situação escolar individualmente; 
  • Verificação de históricos e documentação (certidão de nascimento, guia de acolhimento, boletim de ocorrência, entre outros); 
  • Verificação do processo da família no Conselho Tutelar e Vara da Infância e Juventude.  
  • Incentivar a convivência familiar, facilitando dia e horário para visitas de familiares ao Abrigo favorecendo o encontro das crianças e dos adolescentes com a família, através de visitas domiciliares. 
  • Preservação dos vínculos familiares;
  • Promover eventos que proporcionem novas formas de encontro entre irmãos e familiares; 
  • Preparação da criança e adolescentes para o desligamento gradativo;
  • Preparação da criança e adolescentes para a adoção; 
  • Preparação do adolescente para a vida profissional;
 
Como é a rotina de uma criança acolhida?
O Lar acolhedor funciona 24 horas por dia, todos os dias. Trata-se de uma casa de abrigamento.
A criança possui uma rotina normal como qualquer criança (inclusive frequentar a escola e cumprir deveres escolares e ajudar nas tarefas da casa).
Os menores fazem todas as refeições dentro da entidade e são acomodados nos quartos de acordo com a faixa etária, sexo e outras necessidades especiais, todos possuem hábitos e regras no cotidiano; e desde cedo, a rotina, colabora para que cresçam confiantes e independentes.
Saber o que vai acontecer durante o dia e a repetição destes acontecimentos cria um ambiente saudável, fazendo com que os pequenos se sintam confortáveis e seguros. Assim, desde cedo, os pequenos vão entendendo e assimilando os horários e regras do cotidiano. Quando maiores, tornam-se crianças e adolescentes com maior senso de organização e responsabilidade, conseguindo estabelecer os horários de estudos e de obrigações, como ajudar nas atividades da casa (exemplo: lavar a louça, dobrar suas próprias roupas, limpar seus calçados, fazer sua cama). Além disso, as rotinas também colaboram na organização de sua vida. Ter horários estabelecidos para as refeições, sono, banho e brincadeiras.
Cada criança tem seus deveres dentro da casa e são monitorados e instruídos pelas cuidadoras (mães sociais).
Os adolescentes podem sair sozinhos para ir à escola, cursos e jogos. 
A liberdade de sair (de ir e vir) está condicionada ao comportamento, horários e principalmente a regras de dizer aonde vai, com quem vai e que horas que volta.
Na maioria das vezes, os acolhidos vêm de um ambiente problemático e propicio a drogas e álcool, as cuidadoras trabalham no sentido de prevenção, orientação e monitoramento.
Se não houver confiança e responsabilidade no comportamento, o adolescente não é liberado para sua própria segurança.
 
Quem administra o Lar Acolhedor?
A entidade possui uma diretoria formada por Presidente, Vice, Tesoureiro e Secretário. São pessoas que trabalham voluntárias na administração das receitas e despesas da casa. Não possuem vínculo empregatício com a entidade e não recebem remuneração ou gratificação pelo exercício das funções inerentes aos cargos. Todas as decisões são tomadas em conjunta pela diretoria. Nós firmamos ainda o nosso compromisso enquanto diretoria administrativa para melhorar as condições atuais da entidade, que mesmo enfrentando dificuldades financeiras busca melhorar todas as condições atuais.
 
Quem fiscaliza?
O Conselho Fiscal que tem o poder fiscalizador da administração financeira da entidade;
Além disso, todas as ações são fiscalizadas pelo Judiciário, pelo Ministério Público e pelos Conselhos Tutelares.
Os planos de aplicação e as prestações de contas são apresentados ao estado ou ao município, conforme a origem dos recursos.

Como a entidade se mantem financeiramente?
Cada município paga a despesa (diária) para manter a criança abrigada.
A entidade atende principalmente a Comarca de Três Passos (Bom Progresso, Esperança do Sul, Tiradentes do Sul e Três Passos), mas recebe menores de outras comarcas e municípios, conforme determinação judicial.

Quais as dificuldades que a entidade encontra?
Primeiramente de lidar com o emocional, por vezes se cria laço afetivo entre os funcionários e as crianças que entram na entidade. Mesmo a equipe fazendo um trabalho profissional e tendo acompanhamento psicológico, não há como limitar a amizade e carinho entre eles. Exemplo: não se apegar com um bebê ou com o tempo de convivência dentro da casa ou ainda a história de vida desse acolhido.

A maior  dificuldade é lidar com as emoções, pois muitas crianças vem com uma bagagem muito grande de violência (desde abuso sexual e até abandono), e dentro da casa isso se revela nas atitudes, como a auto mutilação, estados depressivos, agressividade e a incerteza do futuro. - diz Adriana Winter - funcionária (cuidadora) na função desde 2008

Outro grande desafio da entidade é se manter financeiramente.
Devido ao Lar não possuir ainda a filantropia (processo em andamento), as formas de angariar recursos são restritas, dispondo apenas de convênios com o poder público e de doações da comunidades, porém na maioria das vezes estes não são o suficiente para garantir as necessidades básicas, como o leite que é consumido pelas crianças, sendo assim apenas com esses convênios e doações não é possível a ampliação ou adequação do espaço físico que se faz necessário para o atendimento aos acolhidos e seus familiares. Com tudo, a instituição preocupada com a qualidade do local de atendimento, e sem recursos financeiros para melhorar a estrutura existente.
É necessário melhorar e adequar os ambientes tanto internamente como externamente para melhor atender à demanda. Hoje a entidade possui 17 funcionários que se revezam 24 horas por dia, todos os dias para dar assistência aos acolhidos.

A entidade possui uma Receita média entre R$ 40.000,00 a R$ 50.000,00, sendo que desse (faturamento), é necessário 70% apenas para arcar com a folha de pagamento e encargos como INSS, FGTS e outros, sem considerar as despesas administrativas, de instalações e a própria alimentação dos menores.
-, diz Gledson M. Barbieri – Coordenador administrativo.
 
No quesito estrutura física, encontramos muitas dificuldades no espaço físico, atualmente a área construída tornou-se pequena, diante das necessidades e demanda dos acolhidos, estamos empenhados em fazer as adequações, buscamos ampliar o espaço físico, possibilitando assim a eficiência, a eficácia e a qualificação no atendimento ofertado para as crianças e adolescente juntamente com seus familiares.

O Lar está aberto para visitação pública?
A entidade não é aberta à visitação pública, para entrar na entidade precisa ter autorização, devido à fragilidade e situações especiais em que as crianças se encontram, não é permitido a aproximação de estranhos ou curiosos.
As crianças abrigadas não recebem visitas que não forem autorizadas pelo judiciário.
Para entregar doações ou conhecer é preciso entrar em contato com o coordenador ou a assistente social da entidade.

Como as pessoas podem ajudar?
  • DOAÇÕES: podem ser particulares, clubes de serviços ou grupo em geral.
  • Temos duas campanhas permanentes: uma de LEITE e de ALIMENTOS NÃO PERECÍVEIS nos supermercados da cidade de Três Passos com caixas para coleta, onde qualquer pessoa pode ajudar.
  • DOAÇÕES EM DINHEIRO: A entidade possui conta nos bancos Banrisul, CEF e Sicredi)
  • SÓCIO VOLUNTÁRIO: contribuição financeira através de débito em conta e creditado diretamente na conta do Lar Acolhedor.
  • TRABALHO VOLUNTÁRIO: Profissionais na área da saúde, educação ou ainda liberal (eletricista, encanador, pintor, artesão e outros) também podem fazer trabalhos voluntários.
Basta procurar a coordenação da entidade e combinar como poder ajudar.

Quais os projetos em andamento?
1º e mais importante: a filantropia;
2º: área verde e reestruturação da área de lazer;
3º: a ampliação da sede com a separação da ala masculina que poderá dobrar a capacidade de abrigamento dos menores de 20 para até 40 acolhidos;
4º: maior engajamento da comunidade para a captação de recursos e do próprio poder público.

MISSÃO: “Um espaço de acolhimento, de crescimento e valorização da vida.”
AJUDE VOCÊ TAMBÉM, FAÇA A SUA PARTE, AJUDE O LAR ACOLHEDOR DE TRÊS PASSOS
 

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