Há também previsão de requisitar tropas da Polícia Militar (paranaense ou paulista) para fazer bloqueios de ruas nos pontos onde o ex-presidente possa estar abrigado. O cálculo é de que, junto com agentes federais, possam ser mobilizados 350 policiais para essa operação.
Tudo isso, lógico, se a sentença for confirmada, ressalta um experiente agente da PF, que atua na Operação Lava-Jato.
- Estávamos com equipes prontas em Foz do Iguaçu (PR) para eventual ordem de prisão, já que o ex-presidente faria discurso aqui (no município) na próxima segunda-feira. Outras equipes estavam prontas em Curitiba, onde ele faria comício no dia 28. Caso ele cancele, como está anunciando, o foco do planejamento se desloca para o Estado de São Paulo, onde reside - informa o policial.
Segunda -feira o TRF4 julga os embargos de declaração propostos pelos advogados de Lula. Caso algum ponto da sentença seja alterado, há possibilidade de novos recursos, dentro do próprio tribunal regional. Mas se a sentença permanecer inalterada, a determinação de prender o ex-presidente será tomada em horas. O próprio juiz que condenou Lula em 1ª instância, Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, fez chegar aos policiais federais a informação de que, negado o recurso, será imediatamente ordenada a prisão do condenado.
Há esperança de que os advogados do ex-presidente o apresentem às autoridades, caso seja ordenada a prisão de Lula. Nesse caso, ele será transferido para a sede da superintendência da PF em Curitiba. Só então será decidido se ele ficará lá ou irá para o Complexo Médico Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, presídio onde ficam os detentos da Operação Lava-Jato já condenados. Destinado àqueles com doenças crônicas, o local ganhou uma ala para criminosos de "colarinho branco". Uma terceira possibilidade é que o juiz permita que o condenado cumpra pena próximo a sua residência, em São Bernardo do Campo (SP).