11/01/2024 às 10h26min - Atualizada em 11/01/2024 às 10h26min
Inflação fecha 2023 em 4,62% e fica dentro da meta do Banco Central pela primeira vez após dois anos
Gaucha ZH
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), utilizado para medir a inflação oficial do país, fechou 2023 em 4,62%, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, o IPCA do ano passado terminou abaixo do teto de 4,75% da meta de inflação perseguida pelo Banco Central. Em 2021 e 2022, com índice de 10,06% e 5,79%, respectivamente, o IPCA havia estourado o limite.
O resultado de 2023 foi influenciado principalmente pelo grupo Transportes (7,14%), que teve o maior impacto (1,46 p.p.) no acumulado do ano. Na sequência, vieram Saúde e cuidados pessoais (6,58%) e Habitação (5,06%), com impactos de 0,86 p.p. e 0,77 p.p., respectivamente. Alimentação e bebidas, grupo de maior peso no IPCA, subiu 1,03% no ano.
Índice de dezembro
O IPCA de dezembro foi de 0,56%, ficando 0,28 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de novembro (0,28%)No acumulado do ano, o IPCA ficou em 4,62%.
O grupo Alimentação e bebidas registrou alta de 1,11% em dezembro, após subir 0,63% em novembro. A alimentação no domicílio subiu 1,34%, influenciada pelas altas da batata-inglesa (19,09%), feijão-carioca (13,79%), arroz (5,81%) e frutas (3,37%). Já o leite longa vida recuou pelo sétimo mês consecutivo (-1,26%).
Como é definida a meta de inflação
A meta para a inflação é definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN);
Cabe ao Banco Central (BC) adotar as medidas necessárias para alcançá-la, como elevar a taxa básica de juros da economia (a Selic);
O índice de preços utilizado é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE);
Atualmente a meta se refere à inflação acumulada no ano. Por exemplo, a meta para 2023 é de uma inflação de 3,25%. No entanto, com a mudança para a meta contínua, a meta não ficará restrita ao ano-calendário.
No desenho atual do sistema, o CMN define em junho a meta para a inflação de três anos-calendário à frente. Por exemplo, em junho de 2018, o CMN definiu a meta para 2021. Esse horizonte mais longo reduz incertezas e melhora a capacidade de planejamento das famílias, empresas e governo.
Fonte: Banco Central