RS registra 23 mortes por afogamento em 20 dias; veja recomendações

O Rio Grande do Sul soma, até esta quinta-feira (4), 23 mortes por afogamento desde o início da Operação Verão Total – coordenada pelo governo do Estado. As mortes,  consideram o período de 16 de dezembro até esta quinta-feira.

Das 23 mortes por afogamento registradas até o momento, 22 ocorreram em águas internas. No mar, foi registrado um óbito no período.

O último óbito por afogamento foi registrado nesta quarta-feira (3). Luiz Carlos Fernandes, 35 anos, morreu em um açude no distrito de Fazenda Souza, no interior de Caxias do Sul. De acordo com o Corpo de Bombeiros, Fernandes estava pescando uma propriedade particular, na tarde de quarta-feira (3), quando desapareceu na água.

As 22 mortes por afogamento em águas internas foram registradas em locais sem proteção de guarda-vidas. Já a morte no Litoral Norte ocorreu em uma praia com presença de guarda-vidas, mas, segundo o governo do Estado, fora da área de balizamento (trecho recomendado para banho pela Operação Verão).

Em entrevista o subcomandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul destacou algumas hipóteses para o grande número de mortes. A principal, para a corporação, é o aumento do volume de água em mananciais, após alguns anos de estiagem.

— Muitos balneários não foram abertos no ano passado pois os níveis estavam baixos. Tínhamos apenas cerca de 20 balneários em condições de banhos — avalia coronel José Carlos Sallet.

Segundo o subcomandante, neste ano são 36 balneários aptos para visitação do público.  Até o momento, o coronel diz que a Operação Verão contabiliza mais de 87 mil "atitudes de prevenção", em que guarda-vidas acionam apitos e chamam a atenção de banhistas, e realizou 250 salvamentos.