05/11/2023 às 12h04min - Atualizada em 05/11/2023 às 12h04min
Barra do Rio Azul decreta situação de emergência após enxurradas.
Prejuízos devem ultrapassar R$ 8 milhões e 69 famílias seguem desabrigadas.
GZH
Günther Schöler / Agencia RBS Barra do Rio Azul, no norte do Estado, decretou situação de emergência no sábado (4). O pedido foi homologado no governo estadual. Agora, é aguardado o reconhecimento pelo governo federal para liberação de recursos para a reconstrução da cidade.
Conforme o prefeito Marcelo Arruda (PTB), os prejuízos são estimados em R$ 8 milhões, mas o montante deve aumentar ao longo da próxima semana, já que o levantamento dos estragos segue em andamento.
A enxurrada que atingiu a cidade na sexta-feira (3) destruiu residências, comércio e repartições públicas. Neste domingo (5), são 69 as famílias que seguem desabrigadas e estão na casa de vizinhos e parentes.
— Comércio, banco, ferragens, agropecuárias, mercados e até a UBS (Unidade Básica de Saúde), tudo foi perdido. Além disso, seis pontes foram levadas pela água. Hoje, a gente está focado na remoção dos entulhos e prosseguimento da limpeza das ruas — pontua Arruda.
É a segunda vez que o município decreta situação de emergência neste ano. O primeiro decreto foi homologado em 7 de outubro, também em decorrência de temporais que prejudicaram as áreas urbana e do interior da cidade.
Auxílio na retomada Ao menos seis municípios da região, além de voluntários, ajudam no trabalho de limpeza e reparos. A cidade também está em contato com a Secretaria Estadual da Saúde e Ministério da Saúde para recuperar o que foi perdido na UBS de Barra, como ambulância, carros de transporte e equipamentos.
Uma campanha de doações começou para ajudar as famílias atingidas. As principais necessidades no momento são água, alimentos não perecíveis, materiais de limpeza e higiene. As doações devem ser entregues no ginásio e também foi criada uma chave Pix para receber valores em dinheiro, com o número do CNPJ da prefeitura: 93539153000192.
— Para nós, uma cidade pequena, isso é um baque. Nossos recursos são finitos, sem esse auxílio dos órgãos, é difícil recuperar a cidade e voltar como estava. O importante é que as pessoas estão vivas, não temos nenhuma família desaparecida — acrescenta o prefeito.