02/11/2023 às 09h42min - Atualizada em 02/11/2023 às 09h42min

A decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central pela terceira queda consecutiva na Selic, nesta quarta-feira, prepara terreno para mudanças na dinâmica do crédito e dos investimentos no país

GZH
ILUSTRATIVA
A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) pela terceira queda consecutiva na Selic, nesta quarta-feira, prepara terreno para mudanças na dinâmica do crédito e dos investimentos no país. A taxa de juro básico caiu dos 12,75% para 12,25% ao ano com a decisão do colegiado.
A Selic ainda acima dos dois dígitos afasta parte da população das linhas de crédito, com taxas altas e acesso limitado. O preço do “dinheiro emprestado” fica mais caro e restrito, principalmente em um ambiente de endividamento e inadimplência em aceleração.
Mesmo assim, esses primeiros cortes já começam a ser absorvidos pelo mercado, iniciando uma trajetória de retorno das linhas mais acessíveis. Nos investimentos, a renda fixa ainda leva vantagem.
O economista-chefe da agência de classificação de risco Austin Rating, Alex Agostini, afirma que a redução do juro no crédito já vem ocorrendo porque o mercado atualiza suas linhas de acordo com as expectativas futuras. No âmbito do investimento, a renda fixa pré-fixada ainda é vantajosa, pensando em uma taxa que segue em dois dígitos, segundo Agostini.
Apesar de já ter impacto no crédito, uma mudança mais brusca, com financiamento mais acessível e atividade econômica mais aquecida, deverá ocorrer apenas nos próximos meses, porque existe um espaço de tempo entre a queda do juro e o impacto na economia. Mas Agostini reforça que Selic mais baixa ajuda a economia do país.

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