12/09/2023 às 10h53min - Atualizada em 12/09/2023 às 10h53min
Enchentes no RS: governo atualiza dados, e número de desaparecidos cai de 46 para oito
Gaucha ZH
Lauro Alves/Agência RBS Em coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (12), o vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza, afirmou que oito pessoas seguem desaparecidas após as enchentes que atingiram o Vale do Taquari na semana passada. Mais cedo, balanço da Defesa Civil apontava que esse número era de 46 pessoas — o levantamento aponta ainda 47 mortes no Estado.
De acordo com o vice-governador, trata-se de uma lista "muito dinâmica", portanto, ela pode diminuir ou aumentar com rapidez. O número anterior, divulgado mais cedo, "não condiz com a realidade", segundo Souza.
Conforme os novos dados, quatro dos desaparecidos são de Muçum, dois de Lajeado, um de Roca Sales e um de Arroio do Meio.
Os novos números, segundo o vice, são resultado do trabalho feito por agentes da Polícia Civil, que começaram a atuar nos sete municípios mais atingidos para identificar, com mais precisão, o número de pessoas sumidas. A medida visou superar informações divergentes na contabilidade feita por prefeituras e os relatórios oficiais divulgados diariamente pelo governo do Estado.
— Às vezes, você trabalha com um número de 46 pessoas, mas agora estamos vendo que essas pessoas estão em casa de parentes, em abrigos. Então estamos fazendo essa conferência — destacou o chefe da Polícia Civil, delegado Fernando Sodré, na segunda-feira (11).
Divergências
Como GZH mostrou no último sábado (9), desde os primeiros momentos da tragédia que atingiu o Vale do Taquari, diferenças entre a contabilidade de desaparecidos feita por prefeituras e os relatórios oficiais divulgados diariamente pelo governo estadual chamam a atenção de quem acompanha os danos provocados pelas inundações desta semana.
Uma das razões para essa discrepância é o fato de a coordenação estadual da Defesa Civil aplicar uma segunda filtragem às informações sobre pessoas sumidas que chegam das cidades afetadas: em vez de incluir automaticamente os números repassados pelas centrais municipais nos boletins, os agentes procuram se certificar de que há mais de um amigo ou familiar buscando o desaparecido, e tentam esgotar todas as possibilidades de contato. Somente depois disso é incluído o novo registro no cadastro. Outro objetivo alegado para esse maior rigor é evitar divulgações mais apressadas que estimulem a sensação de pânico.