Foto: Maria Eduarda Fortes/CPO governador Eduardo Leite anunciou nesta quinta-feira, em coletiva de imprensa no Palácio Piratini, em Porto Alegre, o sistema free flow para trechos de seis rodovias gaúchas integrantes do bloco 3, hoje administradas pelo consórcio Caminhos da Serra Gaúcha (CSG). Com isso, em vez de seis praças de pedágio, esses locais terão seis pórticos de cobrança eletrônicas, quase no mesmo ponto da rodovia. O primeiro deles vai ser instalado no município de Flores da Cunha, na ERS 122, na Serra, já no mês de setembro, substituindo a praça atual, e a cobrança começa em dezembro. Com a medida, o RS se torna pioneiro na adoção do free flow em vias da malha estadual.
Os demais devem ser instalados em até dois anos, e a cobrança começa a partir de janeiro de 2024. Os equipamentos farão a leitura das placas e eixos dos veículos no sistema e emitirão os valores. Ao todo, serão 271,5 quilômetros potencialmente cobertos pela tecnologia, nas ERSs 122, 240, 446, RSCs 287 e BR 470.
Já as tarifas, nos mesmos preços dos pedágios atuais, poderão ser pagas pelos usuários em até 15 dias após a passagem, tanto pelo meio físico – em pontos de parada do consórcio CSG e estabelecimentos conveniados – quanto digital, inclusive Pix. O não-pagamento, considerado uma infração de trânsito, fica sujeito a multa.
Veículos com tags no pára-brisa, que, segundo o secretário estadual de Parcerias e Concessões, Pedro Capeluppi, correspondem a metade dos motoristas que percorrem esse bloco de estradas, terão cobrança automática, com desconto de 5%.
Depois dos dois anos, o governo implanta a segunda etapa do sistema, segmentando os pórticos e dividindo o preço ao longo da rodovia. Assim, o usuário que não passa por todos os equipamentos vai pagar somente conforme o trecho em que trafegar.
Leite cita, entre os benefícios, economia de tempo, com a eliminação de barreiras físicas, uma rodovia mais inteligente, mais conforto e comodidade aos usuários, além de menor impacto ambiental, sem a necessidade de intervenções e desapropriações, e a redução da emissão de gases de efeito estufa.
A concessão das vias à CSG, assinada em dezembro de 2022, prevê que, até o sétimo ano da parceria, sejam investidos mais de R$ 4,6 bilhões, valor corrigido em relação à data de assinatura, quando o contrato previa R$ 3,4 bilhões.
A CSG afirmou que prevê demissões de funcionários, mas realocações a outras funções dentro da empresa. Quem não se encaixar nos perfis desses novos trabalhos vai receber o desligamento e uma compensação financeira, informou a concessionária.
