De janeiro a maio de 2023, a cada dois dias uma criança desapareceu no Rio Grande do Sul, aponta um levantamento da Polícia Civil. O número aumentou em relação ao mesmo período em 2022. Ano passado foram 61 casos, agora, são 77 registros. A data de 25 de maio é lembrada como o Dia Internacional da Criança Desaparecida.
A orientação das autoridades é que a polícia seja comunicada assim que a criança desaparece. Não é necessário mais aguardar 24h para registro do boletim de ocorrência.
''É importante trazer uma foto atualizada da criança, com que roupa ela estava, se ela tinha algum problema, se estava com problemas de depressão, se teve alguma briga familiar. É muito importante a família abrir todos os fatos pra polícia, contar tudo que aconteceu, não omitir nada, porque a polícia quer encontrar'', diz a diretora da Divisão Especial da Criança e do Adolescente (Deca), delegada Caroline Machado.
O Ministério Público (MP-RS) faz um alerta para os pais e responsáveis redobrarem a atenção com a internet. O MP recomenda que sempre seja verificado o que as crianças estão acessando em celulares, tablets e computadores.
''A internet é como se nós tivéssemos os nossos filhos na rua. Pior ainda, numa rua escura e desatendida, onde qualquer predador pode se dizer ser outra pessoa, outro tipo de idade, outro gênero, para assediar aquela criança, aquele adolescente. Não descuide dos seus filhos, das suas crianças. A internet é um ambiente absolutamente perigoso'', explica a promotora de Justiça Luciana Casarotto.
No site da Polícia Civil, são disponibilizadas imagens de crianças desaparecidas e informações, que são repassadas a todos os órgãos da segurança pública.