10/04/2023 às 08h03min - Atualizada em 10/04/2023 às 08h03min

Produtores rurais relatam situação de alerta diante de disparada nas invasões de terra no país

GZH
Paulinho e Daniel Violal / MST-BA / Divulgação
No primeiro final de semana de abril, a invasão de um engenho desativado na cidade de Cumbre, em Pernambuco, deu início às ações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) durante o chamado Abril Vermelho – uma referência ao massacre de Eldorado dos Carajás (PA), em 1996.
Trata-se da 17ª ocupação de propriedade rural este ano no país. Com isso, em quatro meses do novo mandato presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva, a quantidade dessas ocorrências já equivale a quase um terço (27%) do total de registros somados nos quatro anos da gestão de Jair Bolsonaro (62).
A agenda do MST reivindica a criação de cadastro único e cronograma de atendimentos para cerca de 100 mil famílias que vivem acampadas em todo o Brasil. Também cobra por uma resolução para as 30 mil famílias que estão, agora, em áreas de pré-assentamento.
No RS, existem 345 assentamentos criados ou reconhecidos pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que abrigam 12.186 famílias. Santana do Livramento é o município com maior número: são 30 projetos, onde vivem 868 famílias. O assentamento Filhos de Sepé, em Viamão, é o de maior área, com 9,5 mil hectares e 364 famílias.

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