A Justiça de Farroupilha, cidade localizada na Serra gaúcha, determinou a reabertura das investigações sobre a morte de José Dougokenski, ex-marido de Alexandra Dougokenski. A mulher enfrenta, desde segunda-feira, o julgamento pelo assassinato do filho, Rafael Winques, em Planalto, na região Norte. O processo sobre a morte de José, pai do filho mais velho de Alexandra, havia sido reaberto, em 2021, a pedido do Ministério Público.
O homem teve o corpo encontrado em 5 de fevereiro de 2007. À época, a Polícia Civil concluiu que ele havia cometido suicídio. Entretanto, a família suspeita que José, na verdade, tenha sido assassinado. Por conta disso, novas diligências vêm sendo providenciadas e não é descartada a hipótese de que haja uma reconstituição do caso.
Conforme o MP, chama a atenção o número de coincidências entre as duas mortes. Algumas testemunhas já foram intimadas a depor novamente. A tendência é de que 15 pessoas colaborem nessa nova fase. A Justiça pediu ainda que a investigação tenha acesso ao registro de ligações feitas à Brigada Militar na data em que José morreu.
Alexandra nega ter matado Rafael
Alexandra está presa há mais de dois anos pelo assassinato de Rafael. Ela, inicialmente, confessou o crime à polícia – mas, hoje, sustenta ter sido coagida a assumir a autoria. A mãe do menino morto agora culpa pelo homicídio o pai da criança, Rodrigo, que nunca chegou a ser tratado como suspeito pela investigação. A Polícia acredita, inclusive, que ele sequer passou por Planalto na noite do crime.
Em depoimento aos jurados que compõem o conselho de sentença, Alexandra repetiu o discurso que apresentou após a prisão, acusando o ex pela morte do filho. Ela, que cumpre pena em Guaíba, na região Metropolitana de Porto Alegre, disse ter sido ameaçada por Rodrigo e confessado o crime para aliviar a dor de Anderson, irmão mais velho de Rafael.