22/09/2022 às 10h40min - Atualizada em 22/09/2022 às 10h40min

Polícia Civil faz operação contra quadrilha especializada em clonagem de veículos e falsificação de documentos

Gaucha ZH
Uma operação realizada pela Polícia Civil, na manhã desta quinta-feira (22), busca combater uma quadrilha especializada em clonagem de veículos e falsificação de documentos. São cumpridos 14 mandados de busca e apreensão em municípios gaúchos e em São Paulo. Conforme a apuração, os investigados eram responsáveis por clonar veículos roubados principalmente em Porto Alegre, adulterando placas e documentos. A ação conta com cerca de 50 policiais civis e começou por volta das 6h. São 12 mandados no RS: na Capital e em Alvorada, Viamão, Gravataí, Parobé e São Francisco de Paula. As outras duas medidas judiciais são cumpridas na cidade de São Paulo, com o apoio de equipes daquele Estado. Os mandados são cumpridos nas residências dos investigados que, segundo a polícia, forneceriam placas e documentos falsificados para clonar os veículos roubados. Até as 7h, foram apreendidos celulares, impressora e documentos de carros sem procedência, além de uma quantia de cerca de R$ 15 mil em espécie. A ação combate crimes de associação criminosa, falsificação de documentos públicos, adulteração de sinais identificadores e receptação de carros roubados. O trabalho é comandado pela Delegacia Especializada na Repressão aos Crimes de Roubos de Veículos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DRV/Deic), e teve apoio da Corregedoria-Geral do Detran. De acordo com o delegado Rafael Liedtke, à frente da ofensiva, as investigações começaram em abril, quando dois homens foram presos ao fabricar placas falsificadas, que seriam depois utilizadas para a clonagem. A prisão ocorreu no bairro Viamópolis, em Viamão. Na ocasião, no local, as equipes descobriram uma fábrica clandestina que produzia as placas. A produção era feita em uma casa alugada. A partir da prisão, o grupo — que agia principalmente na Capital — passou a ser investigado. Segundo a polícia, chamou atenção das equipes que os criminosos tinham "fortes conexões" com grupos do Estado de São Paulo. A investigação aponta que boa parte do material usado para clonagem, especialmente as placas em branco, eram desviadas da capital paulista e enviadas por correio para os criminosos do RS. Eram feitas tanto placas do modelo antigo quanto do novo, do Mercosul.
— Foram dezenas de prisões feitas desde o começo da investigação, de pessoas que eram responsáveis por roubar, à mão armada, os veículos em Porto Alegre. Hoje, a operação visa combater o grupo que ficava responsável pela clonagem dos veículos, fazendo desde a alteração de placas até a documentação falsificada — explica Liedtke. Segundo a polícia, a quadrilha visava roubo e clonagem de veículos maiores, como caminhonetes e SUVs. Depois da clonagem, na maior parte das vezes, os veículos seriam usados por outras quadrilhas para cometer delitos ainda mais graves, como roubo a banco e homicídios.
— Em alguns casos, mais raros, os carros são usados normalmente, desde que a clonagem seja bem feita, para não chamar atenção das polícias nas ruas, e é nisso que esses grupos têm se especializado. Algumas vezes também são enviados a cidades ou Estados vizinhos. Mas a grande maioria é utilizada para cometer crimes. Conforme Liedtke, os criminosos conseguem adulterar desde o número do chassi, dados do motor, a placa e também a documentação.
— Era um esquema organizado, uma verdadeira associação criminosa. A gente sabe que hoje a grande parte dos carros roubados à mão armada na Capital tem como destino a clonagem. Antigamente, eles eram desmanchados. Atualmente, como se organizou a clonagem, a alteração, se formaram quadrilhas especializadas nisso, que atuam em fábricas clandestinas.
Denúncias podem ser enviadas a polícia pelo disque denúncia, no telefone 0800-510-2828 ou pelo Whatsapp e Telegram (51) 98418-7814.

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