28/07/2022 às 09h21min - Atualizada em 28/07/2022 às 09h21min

Carta em Defesa da Democracia conta com mais de 165 mil assinaturas

Gaucha ZH
A Carta em Defesa da Democracia, que reúne juristas, banqueiros e empresários, já conta com a adesão de mais de 165 mil pessoas. A abertura do documento para assinatura do público em geral foi dada na terça-feira (26), às 17h, e na virada da noite de terça para esta quarta-feira (27), a adesão já chegava a 30 mil, segundo o jornal Estadão. Os organizadores estão fazendo um trabalho de filtragem para evitar sabotagem nas assinaturas. Além dessa carta, outro manifesto está sendo preparado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), intitulado "Em Defesa da Democracia e da Justiça", e faz parte de um dos atos organizados para ocorrer no dia 11 de agosto, na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Nesta quarta-feira, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou que vai participar deste manifesto, que deve ser publicado nos principais jornais do país, com assinatura de entidades da sociedade civil. Há expectativa de que a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústria de Base (Abdib) também assine o texto. A ideia é unir forças em um mesmo movimento. O manifesto em defesa dos tribunais superiores e da Justiça Eleitoral se antecipa aos atos de 7 de Setembro, que estão sendo organizados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). No manifesto disponível para assinatura do público em geral (veja neste link quem já assinou), estão petistas, tucanos, procuradores que trabalharam na Lava-Jato, o advogado que ajudava a campanha do ex-juiz Sergio Moro, ex-ministros de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Lula (PT), Dilma e Temer, empresários, economistas liberais, subprocuradores-gerais da República, membros do Ministério Público Federal (MPF), uma ex-assessora de Paulo Guedes e João Doria (PSDB), a coordenadora de programa de Simone Tebet (MDB) e uma série de outras personalidades. O manifesto foi criado na Faculdade de Direito da USP.
 
Banqueiros e empresários

Entre banqueiros e empresários, estão Roberto Setubal, Candido Bracher e Pedro Moreira Salles, do Itaú Unibanco, Pedro Passos e Guilherme Leal, da Natura, Walter Schalka, da Suzano, Eduardo Vassimon (Votorantim) e Horácio Lafer Piva (Klabin). O deputado Rui Falcão (PT), coordenador de comunicação da campanha de Lula, assina a carta junto com Joaquim Falcão, que cuidava da parte jurídica da campanha de Moro. Vanessa Canado, advogada e professora do Insper, ex-integrante da equipe de Guedes e ex-articuladora do plano econômico de João Doria, também subscreve. Elena Landau, economista à frente do programa de Simone Tebet (PMDB), se une ao grupo.
 
Economistas e ex-ministros
A lista de economistas inclui ainda Edmar Bacha, que participou da formulação do Plano Real, Samuel Pessoa, Demosthenes Madureira de Pinho Neto, José Marcio Rêgo, Luiz Gonzaga Beluzzo e outros. Há ex-ministros do governo FHC, como José Carlos Dias, José Gregori, Pedro Malan e Miguel Reale Júnior e o ex-presidente do Banco Central Arminio Fraga. Dos ex-ministros dos governos petistas Lula e Dilma, estão José Eduardo Cardozo, Tarso Genro e Renato Janine Ribeiro. Aloysio Nunes (PSDB) foi ministro nos governos FHC e Michel Temer e também subscreve o texto, assim como Raquel Dodge, que foi procuradora-geral da República na gestão do emedebista.
 
Correntes do Ministério Público
No Ministério Público, há diferentes correntes no apoio ao texto. Procuradores que fizeram parte da gestão do ex-procurador geral da República Rodrigo Janot (governo Dilma) assinam a lista ao lado de colegas que foram do núcleo duro de Dodge (governo Temer).
Há aqueles que estiveram à frente de casos da Lava-Jato, como o procurador da república Vladimir Aras, e subprocuradores da República atualmente no cargo, caso de Mario Bonsaglia e Nicolau Dino, por exemplo.

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