O número de municípios que já decretaram situação de emergência no Rio Grande do Sul em razão da estiagem avançou de 378, na sexta passada, para 384, nesta segunda-feira, segundo dados da Defesa Civil. O volume equivale a 77% do total.
Os decretos mais recentes vieram de Amaral Ferrador, Ibirubá e Feliz. Dos 384 processos, 311 foram homologados pelo governo estadual e 230, reconhecidos pela União.
Estiagem afeta produção leiteira
Além da quebra de safras importantes de verão, como as da soja e do milho, a estiagem persistente, desde novembro, preocupa a pecuária leiteira. A falta de água compromete ao desenvolvimento das pastagens e, como devasta as plantações de milho, dificulta a estocagem de silagem para a alimentação do rebanho. A produção caiu, os custos subiram e o preço pago pelo leite é considerado baixo para fazer frente às dificuldades do setor.
De acordo com um boletim divulgado na semana passada pela Emater/Ascar-RS, a estiagem reduziu, em 2,2 milhões de litros a produção diária de leite no Rio Grande do Sul, com uma perda média de 82,5 litros por propriedade.
Os danos da seca podem ser verificados não apenas nas pastagens de verão, mas também nas perenes, que são mais resistentes à falta de água, segundo o gerente técnico da Emater, Jaime Ries.