13/01/2022 às 13h23min - Atualizada em 13/01/2022 às 13h23min

Rio Grande do Sul fecha 2021 com o menor número de crimes contra a vida em 10 anos

Em contrapartida, registros de feminicídio voltaram ao patamar de 2019

Apresentação dos dados foi conduzida pelo vice-governador Ranolfo Vieira Júnior. Foto: Ismael Moreira/SSP

O Rio Grande do Sul confirmou as expectativas criadas pelos balanços mensais, encerrando 2021 com o menor número de crimes contra a vida desde o início da série histórica. Segundo o relatório anual da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP), divulgado nesta quinta-feira (13), 1.718 pessoas perderam a vida no período em decorrência da criminalidade – índice que representa uma queda de 12,3% em relação a 2020.

O total é o menor desde 2012, quando o monitoramento passou a ser realizado pelo Governo do Estado. O pico dos registros de homicídios, latrocínios e feminicídios ocorreu em 2017, com 3.203 casos. Desde então, a soma vem caindo progressivamente – resultado atribuído ao sucesso do programa RS Seguro, que reforçou o policiamento ostensivo nas cidades mais populosas e violentas do território gaúcho.

No ano passado, a taxa de homicídios a cada 100 mil habitantes ficou em 13,6 – quase 14% menor do que a apresentada no balanço do período anterior. Ao todo, 1.561 pessoas foram vítimas deste crime no Rio Grande do Sul em 2021. No âmbito dos latrocínios, a queda também foi expressiva: 13%, com o total passando de 69 para 60 nos dois últimos relatórios anuais.

Em contrapartida, o número de feminicídios subiu 21% no período. Ao menos 97 mulheres foram vítimas de assassinato motivado por questões de gênero no ano passado, fazendo com que o Estado retornasse ao patamar registrado em 2019 no crime mais grave do segmento de violência contra a população feminina. O ano de 2018 permanece com o recorde de ocorrências do tipo, com 116 mortes.

“Cerca de 90% destas vítimas não tinham medida protetiva de urgência. Isto significa que o registro da ocorrência policial salva vidas, a medida protetiva solicitada salva vivas. Esta mulher se torna visível ao Estado. Isso serve de alerta: o feminicídio é um desafio não somente da segurança pública, mas de toda a sociedade”, ressalta a chefe da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, Nadine Anflor.

Alvorada

A apresentação dos indicadores da criminalidade no Rio Grande do Sul aconteceu durante evento da SSP em Alvorada, cidade localizada na Região Metropolitana de Porto Alegre. Esta foi a primeira vez na história que o relatório foi apresentado em um município diferente da Capital. A explicação é a importância da redução dos crimes em Alvorada para o balanço como um todo.

Isso porque esta cidade já foi considerada uma das mais violentas do país, e foi alvo de uma intervenção muito profunda por parte das forças de segurança. Graças ao aumento do policiamento ostensivo e da repressão ao crime organizado, o município teve taxa de 32,5 homicídios a cada 100 mil habitantes em 2021 – índice que representa queda de 68% em relação ao total registrado em 2017, antes da implementação do RS Seguro.

“A tecnologia é fundamental para qualquer área da vida humana, e na segurança pública não é diferente. Não tenho dúvida alguma que um dos fatores que tem contribuído para a redução dos crimes, em geral, é o monitoramento a partir de cercamento eletrônico”, afirma o vice-governador e Secretário de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Ranolfo Vieira Júnior.

Diagnosticado com a Covid-19, o governador Eduardo Leite (PSDB) participou da abertura do evento por meio de uma videochamada. Ao longo da apresentação, o Governo do Estado aproveitou a oportunidade para destacar a redução de outros delitos, como o roubo de veículos (que teve queda de 37,4%, em relação a 2020), ataques a banco (16,7%), roubo a transporte coletivo (17,3%), e abigeatos (2%).


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