Servidores penitenciários decidiram, nesta terça-feira, por unanimidade, decretar estado de greve. Em Assembleia Geral Extraordinária da categoria, o Amapergs Sindicato decidiu que entregará as exigências aprovadas pelos servidores ao governo do Estado, com prazo até o fim do mês para que sejam atendidas. De acordo com o Sindicato, se o Governo não ceder, uma greve será desencadeada no fim de janeiro.
O grupo prevê a realização de dois atos, no Centro Administrativo (CAFF) e em frente ao Palácio Piratini nesta tarde. Um caminhada em direção ao CAFF começou por volta das 14h. No local, o Amapergs Sindicato entregará o que foi deliberado em assembleia ao secretário de Justiça e Sistemas Penal e Socioeducativo, Mauro Hauschild.
“Vamos entregar nossa pauta. O Governo Eduardo Leite precisa ter essa sensibilidade. O sistema prisional, os servidores, estão no limite e a greve é iminente. O Governo precisa ceder para que o pior não ocorra”, salientou o presidente do órgão sindical, Saulo Felipe Basso dos Santos. A entidade representa mais de sete mil servidores penitenciários que atuam em 150 casas prisionais em todo o RS.
Entre as críticas da categoria está a decisão do governo do Estado em não permitir o avanço nas carreiras (por antiguidade e merecimento) para servidores penitenciários, diferente do que ocorreu com 2.162 servidores da Brigada Militar (BM), da Polícia Civil (PC), do Corpo de Bombeiros Militar (CBMRS) e do Instituto-Geral de Perícias (IGP). Recentes mudanças na carga horária também são alvo de reclamações. Além disso, a categoria exige o mesmo índice de reposição salarial que será concedido para trabalhadores da área da segurança pública como Brigada Militar, Polícia Civil, IGP e CBMRS.
Confira a lista de exigências aprovada pelos servidores:
– Substituição do atual superintendente da SUSEPE, José Giovani Rodrigues.
– Publicação das promoções dos servidores penitenciários até o fim do mês.
– Responsabilização da SUSEPE e SJSPS por descumprimento do decreto que obriga a publicação das promoções.
– Manutenção da carga horário de trabalho sem qualquer alteração.
– Reposição inflacionária igual ao que for concedido às demais forças da segurança pública do Estado como BM e PC.
– Agilização na regulamentação da Polícia Penal, que transforma servidores penitenciários em policiais penais, equiparando-os às demais polícias.