O último dia de votações na Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira, antes do recesso, promete ser de intensas negociações. As atenções estarão concentradas, em especial, no projeto do governo do Estado que prevê o reajuste do piso do Magistério. O projeto estabelece reajuste de 32% na tabela inteira do subsídio dos profissionais, porém há variações entre ativos e inativos. Diante de resistências, o Executivo chegou a alterar o primeiro texto. O substitutivo garante um reajuste mínimo de 5,53%. Com isso, 30 mil inativos que estavam sem ganhos passam a ter aumento. Outros 15 mil vínculos de inativos, que tinham ganhos inferiores a 5%, passam a ter ganho efetivo de 5,53%. A mudança amenizou as resistências por parte dos deputados. “O governo mandou projeto garantindo o mínimo de 5,53% para todos os professores no mínimo, inclusive para os inativos. Sabemos que este índice ficou abaixo do que pretendíamos, mas estamos discutindo para votar ainda este ano e garantir estas reposição já em janeiro (2022)”, pontuou o presidente da Comissão de Educação da Assembleia, deputado Carlos Búrigo (MDB). Apesar do encaminhamento, a presidente da Cpers, Helenir Aguiar Schürer, afirmou que a proposta não é suficiente e que não atinge o índice definido nacionalmente, que é de 33,23%. Além disso, ressaltou que os trabalhadores de escolas não foram incluídos. “Vamos manter a mobilização. Passamos hoje nos gabinetes e vamos retomar o contato amanhã”, adiantou ela. O líder do governo, Frederico Antunes (PP), ressaltou os avanços e que o governo chegou ao limite. Sobre os funcionários das escolas, ressaltou que, segundo a Secretaria da Fazenda, 46% dos servidores de escolas (ativos e inativos) vão receber aumentos com base no piso regional aprovado na semana passada.