30/11/2021 às 08h00min - Atualizada em 30/11/2021 às 08h00min

Força Nacional inicia nesta terça operação para evitar conflitos entre indígenas no Norte do RS

Correio do Povo
Prefeitura de Planalto / Divulgação / Cp

A Força Nacional de Segurança Pública inicia nesta terça-feira em Planalto, no Norte do Rio Grande do Sul, o trabalho que visa evitar conflitos entre grupos de índios caingangues da Reserva de Nonoai. Os integrantes da FN estão acomodados no Centro de Convivência do Idoso do município, local que estava desocupado em função da pandemia do Covid-19.

Na manhã desta segunda-feira, os representantes da FN e da Brigada Militar se reuniram no gabinete do prefeito de Planalto, Cristiano Gnoatto, para tratar da logística e apoio do município ao efetivo da Força Nacional, que deve permanecer na região até o final deste mês de dezembro.

Gnoatto informou que as forças de segurança e a comunidade local mostram-se preocupadas com os constantes conflitos entre os indígenas. As desavenças entre as lideranças indígenas iniciaram há dois meses, depois que Luiz Jacinto, da Aldeia de Pinhalzinho, em Planalto, se auto-proclamou cacique, com o objetivo de comandar parte da Reserva Indígena de Nonoai. O cacique oficial, José Orestes do Nascimento, da Aldeia de Bananeiras, no município de Nonoai, reagiu à decisão.

Nos últimos dois meses ocorreram vários confrontos entre as duas alas, num deles resultou a morte de um indígena e o bloqueio, por várias vezes, na ERS 324, que corta a reserva indígena. A rodovia estadual faz a ligação de Planalto a Nonoai e o município de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina. “O bloqueio da rodovia traz prejuízos de toda a ordem para a população em geral, pois impede a passagem de veículos”, avaliou.

A Brigada Militar, mesmo com a FN no local, mantém um efetivo na área de conflito. A situação é acompanhada pela Polícia Federal e Funai.


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