O Rio Grande do Sul voltou a bater recordes positivos no enfrentamento à criminalidade no primeiro semestre de 2021. O balanço do período, divulgado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) nesta quinta-feira (8), mostra que, entre os meses de janeiro e junho, o Estado registrou o menor número de crimes contra a vida em nove anos.
O indicador é o resultado da soma de homicídios, latrocínios e feminicídios. Ao todo, foram 870 ocorrências – 18,5% a menos do que no ano passado, quando as forças de segurança contabilizaram 1.068. Em relação ao pior momento já vivenciado pelos gaúchos, em 2017, a queda passa dos 50%.
Em junho, a soma também é a menor da série histórica, com 128 vítimas. “A vida humana, como sempre dizemos, é o bem supremo. Na junção dos crimes violentos letais intencionais, como homicídios, latrocínios e feminicídios, temos o melhor semestre desde 2012”, comemora o vice-governador do Rio Grande do Sul, Ranolfo Vieira Júnior.
Em junho, foram registrados 795 homicídios em território gaúcho (queda de 12,6% em relação ao mesmo mês do ano passado). No acumulado do semestre, a retração chega a 19%. De acordo com a SSP, este é o menor número de assassinatos, no período de janeiro a junho, desde 2006.
Enquanto isso, o número de latrocínios caiu pela metade em junho – passando de oito ocorrências em 2020, para quatro em 2021. Também foram registrados menos assassinatos de mulheres motivado por gênero: ao todo, seis vítimas de feminicídio foram identificadas no último mês, duas a menos do que no ano passado.
Todos os indicadores de violência contra a mulher apresentaram retração no semestre. Ainda assim, os números são altos: mais de 15,6 mil ameaças foram reportadas (-9,3%), 8,4 mil casos de lesão corporal registrados (-13,6%), 931 ocorrências de estupro (-3,3%) e 123 tentativas de feminicídio (-16,3%).
RS tem seu primeiro mês sem ataques a banco
O Governo também comemora a brusca redução nos ataques a banco. Conforme o balanço, nenhuma invasão foi registrada em junho de 2021 – sendo a primeira vez na história que o Estado passa um mês sem a violação de uma agência bancária. Duas tentativas de assalto foram observadas no período – uma em São Leopoldo, e outra em Alvorada.
“Várias foram as estratégias adotadas para que pudéssemos chegar neste momento. Começando pelas investigações da Polícia Civil, através do DEIC principalmente, a operação Angico da Brigada Militar, e a estratégia de lotação de novos policiais militares. Hoje não temos nenhum município com menos de cinco PMs”, ressalta Ranolfo.
Outro crime patrimonial com redução significativa no Estado é o roubo de veículos. O número de ocorrências caiu de 4.865 no primeiro semestre do ano passado para 2.700 entre janeiro e junho de 2021, uma retração de 44,5%. O total atual é o mais baixo da série de contabilização, iniciada em 2002.
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