10/05/2021 às 15h14min - Atualizada em 10/05/2021 às 15h14min

Mortes em acidentes de trânsito no RS avançam entre caminhoneiros durante pandemia

Categoria aparece no caminho inverso dos dados, que tiveram redução

Apesar da queda de 10% no número de mortes decorrentes de acidentes de trânsito no Rio Grande do Sul, acumulada desde a chegada da Covid-19 ao Estado, uma categoria vem sofrendo mais com a violência nas estradas: os caminhoneiros. Segundo um levantamento do DetranRS, divulgado nesta segunda-feira (10), as fatalidades avançaram 29% entre os transportadores no período de abril de 2020 a março de 2021.

O índice é fruto de uma comparação com a soma dos doze meses pré-pandemia. Entre abril de 2019 e março de 2020, 1.586 pessoas perderam a vida em acidentes de trânsito no Estado – número que caiu para 1.427 nos doze meses seguintes. Por outro lado, 67 caminhoneiros perderam a vida desde o início da circulação do coronavírus, frente a 52 no ano anterior à prevalência da doença em território gaúcho.

Todas as outras formas de transporte registraram queda na taxa de fatalidade em meio às restrições impostas para o controle da Covid-19. A redução mais significativa aconteceu entre os pedestres (-28%). Em seguida, aparecem os passageiros de automóveis (-18%), as caronas de moto (-17%), ciclistas (-11%), motoristas de automóveis (-2%) e motociclistas (-1%).

“Por causa do isolamento social, menos pessoas estão nas ruas – e, consequentemente, há menos atropelamentos. O aumento da fatalidade entre os caminhoneiros pode ser o reflexo de uma maior liberdade nas estradas. Eles podem estar abusando um pouco mais do excesso de velocidade, da improdudência. Este parece ser um fator significativo”, explica o coordenador da Assessoria Técnica do DetranRS, Silvério Kist.

Diferença de gênero

O DetranRS também detectou que a mortalidade caiu mais entre as mulheres (-30%) do que entre os homens (-5%). 234 pessoas do gênero feminino perderam a vida nas estradas no período pandêmico, frente a 1.191 do gênero masculino. “Com a pandemia, foram prejudicadas as operações que utilizam, por exemplo, o bafômetro. Mas continuamos realizando blitze de orientação e educação”, garante Kist.

O primeiro trimestre de 2021 foi marcado pelo menor número de mortes da série histórica, que se iniciou em 2007, com 328 mortes nas vias urbanas e rodovias de todo o Rio Grande do Sul. Foram 328 mortes nas vias urbanas e rodovias – número 10% menor do que o registrado no primeiro trimestre de 2020, quando a pandemia ainda não havia chegado com força ao Estado.

Guaíba

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