23/09/2020 às 14h51min - Atualizada em 23/09/2020 às 14h51min

A safra de grãos 2020/2021 no Brasil, traz uma perspectiva de colheita de 270, 8 milhões de toneladas

Estagiária Daiana Fernanda Hilgemann
Emater
No Rio Grande do Sul, que passou por uma forte estiagem prolongada e chegou a enfrentar quebra na produção agrícola, uma super safra de grãos está prevista. Sua perspectiva de colheita chega à 32,5 milhões de toneladas, crescendo em 40,27% em relação a temporada passada. Esses resultados são esperados pelo tempo seco que se deu, a que os grãos da safra de verão são mais suscetíveis. O estado está ganhando espaço para o plantio, tendo como área total plantada até o final da safra de 7,86 milhões de hectares.
As expectativas em todo estado são positivas, se o clima colaborar não afetando a produtividade. A safra de 2020/2021 pode vir a ser a segunda maior do Rio Grande do Sul, ficando atrás da de 2016/2017 que se deu o total de 33,6 milhões de toneladas de grãos colhidos. Outro fator que alegra o produtor é  a cotação valorizada dos grãos, que ajudam a cobrir algum prejuízo.
Com isso, o diretor técnico da Emater, Alencar Rugeri, salienta que se os valores pagos atualmente pelo grãos se manterem, a expectativa com o que se vai colher, é de que a economia no próximo ano obtenha também um resultado interessante e positivo.

 
Ao que se espera de cada produto, destacamos o soja, milho, trigo, arroz e café;
 
Soja: O brasil com o que se diz respeito ao soja, um dos seus principais produtos, tem para a safra de 2020/2021 uma perspectiva de colher até 133,5 milhões de toneladas. Para esta temporada teve um aumento em 3% no país de área plantada, e 4% de aumento o que corresponde ao fator de produtividade. Mesmo sendo uma prévia estatística, as vendas antecipadas também já cresceram.
 
Milho: Sendo o milho o segundo grão mais produzido no Brasil, as expectativas desta safra de 2020/2021 cresceram. Grande parte deste produto é importado, e a comercialização antecipada do milho safrinha já foi feita, correspondendo a 35% do que for colhido este ano, fator que demarca algo histórico pois normalmente para o período antecipado que estamos, o normal seria ter 10% desta colheita fechada. Com isso os níveis de estoque que se faz no Brasil deste produto, crescerá apenas 1,1% correspondendo a 10,3 milhões de toneladas.
 
Trigo:  Principal cultivo de inverno na região sul do Brasil, tinha um cenário favorável para esta safra. As questões climáticas eram boas com pouca umidade, mas foi a estiagem no início da época de plantio, e a geada no fim do inverno que trouxe alguns prejuízos em alguns pontos. O que no momento tende  afazer o preço subir um pouco, pois com demanda reduzida e o real desvalorizado as exportações aumentam. No Rio Grande do Sul, as colheitas devem chegar a 2,9 milhões de toneladas, estando num patamar de queda de 4,4% em relação temporada passada, relacionado ao fatores climáticos citados.
 
Arroz: Para a safra de 2020/2021, 11,2 milhões de toneladas de arroz são previstas para serem colhidas no Brasil, avanço de 3,7% comparado a safra de 2019/2020. Com esses números as perspectivas são de estoques de quase 817 mil toneladas ao final desta temporada, aumento de 53% diante a safra anterior. O arroz tinha a sua safra em queda desde a de 2010/2011, quando atingiu 2,8 milhões de hectares, com as diminuições necessárias com o passar dos anos a área plantada no Brasil está atingindo os níveis de 1,87 milhão de hectares. Mas os produtores já se preparam para aumentar esse número. Pois com o aumento do preço do arroz por saca as expectativas são mais positivas para uma próxima temporada em que o preço deve se manter. Esses aumentos acontecem em virtude da crise econômica no país e o preço do dólar sendo mais elevado do que o real. Especificamente no Rio Grande do Sul, maior estado produtor de arroz, a área a ser semeada deve crescer 3,5% frente ao a safra anterior.
 
Café: A colheita do café no Brasil que chega perto do fim nessa safra de 2020/2021 e tem um preço bem elevado. Em um primeiro levantamento de perspectivas para a safra feita no início do ano era para um aumento entre 15,9% e 25,8% no volume de café produzido em relação à temporada passada. Estavam previstas de 57,2 milhões a 62 milhões de sacas de café e a área cultivada chegaria a cerca de 2 milhões de hectares, o que representa um acréscimo de 4% em relação a 2019. O CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento) responsável pela coleta dos dados para a projeções, estão fazendo um segundo levantamento até a safra acabar por completo. O café arábica está fechando em R$ 610,57 por saca de 60 quilos, novo recorde nominal da série histórica do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), iniciada em 1996.

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