24/07/2020 às 11h47min - Atualizada em 24/07/2020 às 11h47min

Polícia cumpre mandados contra grupo que falsificava assinaturas de delegados para retirar carros de depósitos no RS

Site - g1.globo.com
A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Repressão à Lavagem de Dinheiro do Denarc, realiza nesta sexta-feira (24) mais uma fase da Operação Impostore, que investiga um grupo que falsificava documentos e assinaturas para retirar carros de depósitos no Rio Grande do Sul.
Estão sendo cumpridos 17 mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva nas cidades de Porto Alegre, Cachoeirinha, Sapucaia do Sul, Novo Hamburgo e Imbé.
Um homem já foi preso com uma pistola Glock 9mm de numeração raspada. Foram apreendidas munições, documentos e telefones. Outro homem, apontado como líder do grupo pela polícia, tem prisão preventiva decretada e está foragido.
Esta é a quarta fase da operação, que identificou seis suspeitos de integrar o grupo criminoso. Entre eles estariam funcionários de depósitos CRD's (Centro de Remoção e Depósito) vinculados ao Detran, e tabelionatos que vendiam informações sigilosas e selos notariais.
Nas três primeiras fases, ocorridas entre abril de 2019 e fevereiro de 2020, a polícia prendeu e indiciou cinco integrantes do grupo. Eles tiveram bens imóveis e ativos financeiros sequestrados, afim de realizar o ressarcimento ao estado.
De acordo com as investigações, o grupo criminoso é especializado em falsificações, estelionatos, falsidade ideológica e receptação, tendo como objetivo principal a retirada fraudulenta de veículos sequestrados judicialmente em operações da Polícia Civil.
Os suspeitos falsificavam documentos de restituição veiculares, carteiras nacionais de habilitação (CNH), procurações e assinaturas de delegados da Polícia Civil. Além de usarem procurações com dados falsos, uso de laranjas, compra e venda de informações sigilosas, dentre outras condutas ilícitas como venda de armas e fuzis.
Segundo o delegado Adriano Nonnenmacher, os carros retirados do Detran, com as assinaturas falsificadas, eram revendidos para terceiros ou para os próprios criminosos que tiveram os carros confiscados, geralmente, em ações envolvendo crimes financeiros.
Até o momento, três autoridades policiais foram lesadas nos golpes. Segundo a polícia, a quadrilha movimentou cerca de R$ 2 milhões nos últimos dois anos.
Após a descoberta dos crimes, o Detran do Rio Grande do Sul e a Polícia Civil alteraram a forma de retirada de veículos apreendidos e retidos, reforçando os cuidados.

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