22/08/2018 às 09h29min - Atualizada em 22/08/2018 às 09h29min

Tecnologia de aplicação de defensivos agrícolas

Emater Campo novo
Na agricultura atual, quanto maior o lucro, melhor. Mas, mesmo com o avanço da tecnologia dos pulverizadores, aliada ao uso de produtos fitossanitários de grande eficiência e os maquinários de última geração, os produtores ainda perdem e erram nas aplicações de defensivos agrícolas. Demonstrando que não importa o tamanho ou a idade do pulverizador, mas as perdas ocorrem da mesma forma. Os agricultores não sabem o quanto estão perdendo nas suas lavouras em função de diversos problemas que influenciam diretamente na ineficiência da aplicação dos produtos agroquímicos.
Por outro lado, a tecnologia de fabricação de máquinas e implementos tem evoluído gradativamente com o lançamento de novos produtos no mercado para atender as necessidades e as novas demandas. E como usuários e produtores rurais, os agricultores, por sua vez, devem fazer a sua parte e estar cada vez mais atentos no acompanhamento desta evolução e trabalhar para evitar custos maiores, evitar perdas de produtividades e percas no lucro da lavoura.
Estima-se hoje que cada produtor esteja perdendo por falhas na aplicação entorno de 10% a 15%. A Emater juntamente com seus parceiros, presta orientações para os agricultores visando a melhor aplicação nas suas lavouras. Realizando um importante trabalho de conscientização em tecnologia de aplicação de defensivos junto aos produtores.
Estamos orientando os agricultores quanto aos cuidados que devem ser tomados em relação aos pulverizadores para que seja obtida uma eficiente aplicação. É importante que cada agricultor verifique periodicamente as condições de uso dos seus pulverizadores quanto aos problemas comuns de vazamentos, mangueiras e filtros danificados, pontas e bicos, manômetros, entre outras partes.
A cada safra, observa-se uma melhoria por parte dos produtores que, mais conscientes estão seguindo as orientações técnicas e contabilizando melhores resultados no controle de doenças e plantas daninhas nas lavouras.
Em estudo realizado por alguns pesquisadores, professores e especialistas em Tecnologia de Aplicação, sobre os índices de prejuízos nos “insumos” e nas “produtividades” nas lavouras, estima-se que a média de perdas pelas falhas de aplicação dos insumos varia de 10% a 12%, enquanto que a perda de produtividade por falha no controle de ervas daninhas, pragas e doenças, estão na faixa de 15%. Dessa forma, a Emater orienta para que os agricultores redobrem sua atenção para verificar e buscar o uso correto e eficaz dos seus equipamentos e assim, obter melhores produtividades com redução de custos.
Perdas por hectare – Conforme as perdas estimadas, se o produtor estiver perdendo 10% nos insumos nas lavouras de soja e trigo e 10% de produtividade, o prejuízo será de R$ 760,00 por hectare/ano, dos quais R$ 240,00 (insumos) e R$ 520,00 (produtividades). Havendo este índice de perdas em uma área de 10 hectares, o prejuízo anual seria de R$ 7.600,00, equivalente a 108 sacas de soja. São números impressionantes que certamente podem provocar uma reflexão e uma mudança de atitudes dos produtores, devido aos valores perdidos e que poderiam ser contabilizados como lucro, em caso, de uma correta aplicação de defensivos na atividade agrícola.
Para evitar esses prejuízos e termos sucesso nas aplicações, devemos cuidar de diversos fatores, como: o diagnóstico do alvo, os produtos recomendados, além das condições do ambiente e do manuseio dos equipamentos de pulverização.
A inspeção periódica do pulverizador é a primeira etapa, onde vamos observar vazamentos, manômetro, mangueiras dobradas, bicos ou pontas quebradas, bicos com vazão e cor diferente, filtros entupidos, barras tortas e defeitos em geral.
A próxima etapa é a correta regulagem do pulverizador, com a medição da velocidade, pressão de operação, volume de calda aplicado e o correto dimensionamento do tamanho, cor e tipo de bico a ser utilizado. Dessa forma teremos o equipamento em plenas condições de uso.
Outro ponto a observar é o alvo que queremos atingir, seja ele plantas daninhas, lagartas, percevejos ou insetos, doenças ou a dessecação total da lavoura. Pois, para cada situação existe uma recomendação diferente de volume de calda, tamanho de gota, horário de aplicação e intervalos para reaplicações ou entrada de pessoas na lavoura.
Importante usarmos gotas grossas para situações de poucas plantas ou para plantas rasteiras e de pequenos porte, onde conseguimos uma fácil cobertura; e usar gotas finas para condições de plantas maiores e com grande área foliar, como a soja na floração, sendo assim conseguiremos que as gotas finas penetrem entre as plantas e atinjam o terço mediado das plantas e portanto, proporcionem uma boa cobertura das folhas.
Por último, e o ponto mais importante, são as condições ambientais para a aplicação, que são quatro pontos a ser observados, sendo eles: vento, temperatura, stress hídricos e umidade relativa do Ar.
Em que se indica realizar as pulverizações nas seguintes condições: velocidade do vento entre 3 km/h a 12 km/h; temperatura entre 15 e 30ºC; umidade do ar acima de 60%; e  não aplicar em épocas de secas prolongadas e nem após longo período de chuvas, evitando os períodos de stress hídricos por excesso, ou, por falta de chuvas. Sendo assim, os horários mais indicados para realizar as pulverizações são antes das 10 h da manhã e após as 18 h da tarde, nesses períodos teremos as condições ambientais mais favoráveis e consequente maior eficiências dos agroquímicos. E evitar os períodos mais quentes do dia, e não realizar aplicações próximas ao meio dia. Em que teremos muitas perdas, seja por ventos, temperatura alta e baixa umidade do ar e também teremos baixa eficiência dos produtos.
Considerando a saúde do agricultor, salientamos a importância da utilização dos EPI’s, ou seja, os equipamentos de proteção individual  por parte dos operadores de pulverizadores. Fato este que vem sendo esquecido ou deixado de lado nas operações nas lavouras, visto que tem aumentado os casos de intoxicação por agrotóxicos nos últimos anos. Assim sendo, recomendamos a correta vestimenta dos EPI’s, atenção para as partes vulneráveis do corpo a serem protegidas, a lavagem do EPI de forma adequada e aumentar os cuidados no momento de manuseio dos agroquímicos na agricultura a fim de reduzir os riscos de intoxicações no campo.
Para mais informações, procure o Escritório da Emater do seu município ou se inscreva para os Cursos de Tecnologia de Aplicação, que ocorrem nos meses de setembro e outubro, os quais ensinam na pratica e tem duração de 2 dias.

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