12/03/2018 às 14h26min - Atualizada em 12/03/2018 às 14h26min

Greve dos Correios no Rio Grande do Sul tem adesão de 70% dos carteiros, segundo sindicato

G1
Ilustração
A greve dos Correios no Rio Grande do Sul tem a adesão de 70% dos carteiros, segundo o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos do estado (Sintect-RS). A empresa conta com 2,8 mil profissionais nesta função no estado. Entre os atendentes nas agências, a adesão é de cerca de 30%, considerada baixa pelo sindicato, segundo o diretor de comunicação, João Augusto de Moraes Gomes. Nenhuma agência ficou fechada nesta manhã, ainda de acordo com o sindicato.
No Centro de Operações Postais da capital, onde mais de 400 pessoas trabalham na triagem e distribuição das correspondências, a adesão atingiu 50% na manhã desta segunda-feira (12). Segundo João Augusto, o setor funciona 24h, e a maior parte dos trabalhadores começa o turno de trabalho à tarde. Dessa forma, a adesão pode aumentar ao longo do dia.
Aprovada em assembleia no último dia 1º, a greve tem duração indeterminada. No total, a empresa conta com 6,3 mil funcionários em todo o estado.
A empresa se manifestou por nota, que a greve é um direito do trabalhador, mas afirmando que, neste momento, agrava a situação da empresa. O plano de saúde, uma das principais pautas dos grevistas, foi discutido com a categoria, aponta a nota.
A principal reivindicação dos trabalhadores é a instituição de mensalidade e também o aumento na co-participação por procedimento do plano de saúde dos funcionários e seus dependentes. A empresa sustenta que não tem mais condições de custear o benefício, e ingressou com ação no Tribunal Superior do Trabalho (TST) nesta tentativa.
Atualmente, os funcionários pagam somente um percentual por faixa de salário, que vai de 5 a 15%, por procedimento. De acordo com o sindicato, a gratuidade está prevista no acordo coletivo vigente, até o dia 31 de julho deste ano.
Os grevistas de Porto Alegre deverão acompanhar o julgamento da ação sobre o acordo no Tribunal Superior do Trabalho (TST), previsto para às 13h30, que acontece em Brasília. Depois, às 15h, realizarão uma nova assembleia, para deliberar sobre os rumos da greve.
Além disso, o movimento é contra as alterações no plano de carreiras, a suspensão das férias dos trabalhadores, defendem a contratação de novos funcionários via concurso público e a extinção do cargo de operador de triagem e transbordo, entre outros.
Atrasos nas entregas e 1,3 mil trabalhadores a menos
Diante das frequentes reclamações sobre atrasos nas entregas, o sindicato esclarece que os Correios operam com uma defasagem de 1,3 mil trabalhadores no estado. "Há fechamento de postos em todo o país. No Brasil, faltam 20 mil funcionários", complementa o diretor de comunicação.
Somente na região metropolitana de Porto Alegre e no Litoral Norte, os Correios tiveram uma redução de 18% no número de carteiros.
Nota dos Correios
A greve é um direito do trabalhador. No entanto, um movimento dessa natureza, neste momento, serve apenas para agravar ainda mais a situação delicada pela qual passam os Correios e afeta não apenas a empresa, mas também os próprios empregados. Esclarecemos à sociedade que o plano de saúde, principal pauta da paralisação iniciada nesta segunda-feira (12), foi discutido exaustivamente com as representações dos trabalhadores, tanto no âmbito administrativo quanto em mediação pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) e que, após diversas tentativas sem sucesso, a forma de custeio do plano de saúde dos Correios segue, agora, para julgamento pelo TST. A empresa aguarda uma decisão conclusiva por parte daquele tribunal para tomar as medidas necessárias, mas ressalta que já não consegue sustentar as condições do plano, concedidas no auge do monopólio, quando os Correios tinham capacidade financeira para arcar com esses custos.

 
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