11/03/2018 às 19h09min - Atualizada em 11/03/2018 às 19h09min

Grêmio vence o Inter e provoca novos clássicos nas quartas de final do Gaúchão

Jefferson Botega / Agencia RBS

De um lado, um time amadurecido por três conquistas em dois anos e que tem como estrela Luan, o melhor jogador da América em 2017.  De outro, uma equipe que busca se reconstruir. No clássico Gre-Nal 413, em pleno Beira-Rio, prevaleceu, na tarde deste domingo (11), a força do Grêmio sobre o Inter. O resultado de 2 a 1 fez do Inter terceiro colocado e do Grêmio o sexto, fato que provocará dois novos clássicos nas quartas de final. E também abre espaço para um clube do interior decidir o título de 2018.

D’Alessandro sofreu advertência verbal do árbitro antes mesmo que o jogo se iniciasse, por uma discussão com Maicon. Prenúncio  de um jogo quente. Que se estendeu aos lances iniciais. No primeiro, depois de perder uma dividida, Jael deixou o braço e acertou o rosto de Iago. A resposta veio por Dourado, que tentou atingir o centroavante gremista.

Quando a bola passou a rolar com normalidade, a superioridade do Grêmio logo sobressaiu. O time acertava quase todos os passes, curtos e longos, e se apossava do território colorado. O primeiro gol poderia ter surgido a sete minutos. Luan infiltrou-se entre os marcadores e deu a Jael, que atrapalhou-se ao chutar. 

O movimento dos técnicos na beira do campo refletia o que se via dentro dele. Enquanto Odair Hellmann caminhava nervosamente de um lado a outro, Renato permanecia de mãos na cintura, satisfeito com o desempenho de sua equipe.

A 23 minutos, depois de Nico López desperdiçar um contra-ataque, a resposta do Grêmio foi fulminante. Lançado pela esquerda.  Cortez avançou com total liberdade e cruzou rasteiro, atrás da marcação do Inter, para Luan, que completou para a rede e fez 1 a 0.

Nada mais natural para um time que se impunha com naturalidade, fruto de seu entrosamento, contra outro, visivelmente tímido e sem ambição.

Ainda ficaria pior. Aos 27, Everton, muito mais veloz do que Klaus, deixou o zagueiro para trás e, já dentro da área, foi derrubado por Cuesta. O pênalti, bem assinalado, foi cobrado com classe por Luan, que deslocou Lomba. Talvez nem o Grêmio pudese prever tanta facilidade.

Receosa de um novo desastre, a torcida do Inter já passava a ansiar pelo final do primeiro tempo. Tudo porque via Everton gerar pânico na zaga colorada a cada investida, sem uma resposta à altura do Inter. Foram necessários 35 minutos para um ataque minimamente inspirado. Ele foi puxado por Edenilson, que cruzou da direita para Roger, que chutou prensado com os defensores.

O jogo esquentou um pouco. Mesmo sem coordenação, o Inter tentou abafar. Roger e Nico López, contudo, falhavam no essencial, o arremate. E D’Alessandro sequer seria notado não fosse a falta sobre Luan, que renderia cartão amarelo ao argentino.

O Grêmio, com frieza, voltou a avançar e quase fez o terceiro. Lançado por Luan, Everton ficou na frente de Lomba e desperdiçou a chance de resolver o Gre-Nal ainda no primeiro tempo.

No intervalo, Odair trocou Dudu por Gabriel Dias, numa tentativa de estancar a sangria que Everton provocava pela esquerda. Deu certo.

O Inter, muito mais aceso, só precisou de dois minutos para fazer tudo o que até então não fizera. D’Alessandro bateu escanteio e Dourado, de cabeça, descontou. 

Empurrado por sua torcida, o Inter cresceu e exibiu a agressividade que lhe faltara nos primeiros 45 minutos. Edenilson e Patrick viraram destaques. Aos 10 minutos, Patrick ajeitou, mas o chute de Roger passou longe. Aos 12, o arremate de Nico López explodiu no corpo de Geromel. A chance mais clara veio em arrancada de Patrick, que Roger ajeitou para o arremate sem direção de Edenilson. Seguiu-se, então, a inusitada lesão muscular do árbitro Jean Pyerre Lima, que precisou de atendimento médico na beira do campo, antes de ser substituído pelo auxiliar Jonathan Pinheiro. A paralisação de sete minutos irritou Odair Hellmann, temeroso de que o jogo  esfriasse.

Renato, que havia trocado Madson por Alisson para dar força ao ataque, percebeu que o resultado ainda era favorável e colocou Michel no lugar de Jael. A verdade é que, comparado com o primeiro tempo, o Grêmio havia caído muito de produção.

A pressão do Inter cresce ainda mais nos minutos finais, exigindo frequentes intervenções de Grohe e Geromel. A tensão dos minutos finais fez com que Geromel e Gabriel Dias quase brigassem. E provocou a expulsão de Odair Hellmann.

Os dois clássicos das quartas de final poderão consolidar a supremacia do Grêmio. Ou mostrar que o Inter de fato achou um novo caminho.

 


GZH


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