O preço máximo da gasolina comum já supera R$ 8 por litro nos postos de combustíveis de 11 estados do país. Segundo levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), realizado entre os dias 8 e 14 de maio, o valor máximo encontrado foi de R$ 8,990, no Rio de Janeiro.
Esse preço da gasolina comum já é igual ao valor máximo do mesmo combustível aditivado. No estado do Piauí, além do preço máximo, o valor médio também ultrapassou a barreira dos R$ 8. Pernambuco é o estado com o preço máximo mais baixo, de R$ 8,070.
O preço médio do combustível nos postos do Brasil registrou leve alta de 0,04%, na quinta semana seguida, e o litro atingiu R$ 7,298, novo recorde de preço.
Alagoas – R$ 8,090
Bahia – R$ 8,420
Ceará – R$ 8,200
Minas Gerais – R$ 8,390
Pará – R$ 8,150
Paraná – R$ 8,290
Pernambuco – R$ 8,070
Piauí – R$ 8,290
Rio de Janeiro – R$ 8,990
Rio Grande do Sul – R$ 8,010
São Paulo – R$ 8,590
A alta dos combustíveis é um dos fatores que mais pressionam a inflação. Em abril, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), a inflação oficial, alcançou 12,13% no acumulado dos últimos 12 meses. A gasolina e o diesel juntos acumulam alta de 33,2%.
Na terça-feira, a Petrobras autorizou o aumento do diesel nas refinarias. O preço médio de venda do combustível às distribuidoras passou de R$ 4,51 para R$ 4,91 por litro, reajuste de 8,8%. Dessa vez, a gasolina e o gás de cozinha não tiveram reajuste.
O reajuste do diesel provocou crítica dos caminhoneiros, que voltaram a discutir uma paralisação nacional por causa do preço do combustível. A medida também foi criticada pelo presidente Jair Bolsonaro.
Os aumentos têm preocupado o governo federal, principalmente em ano eleitoral. No dia seguinte ao do aumento do diesel, Bento Albuquerque foi exonerado do cargo de ministro de Minas e Energia. No lugar dele, assumiu o economista Adolfo Sachsida. Com a escalada da inflação, o governo busca uma solução para a política de preços.
Nesta sexta-feira, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) André Mendonça atendeu a um pedido de Bolsonaro, que tentava garantir a redução do ICMS sobre o combustível prevista em lei aprovada pelo Congresso em março, alvo de manobra dos estados para manter a arrecadação.