A Secretaria Estadual da Saúde (SES) divulgou nesta terça-feira uma nova orientação em relação à vacinação de crianças de cinco a 11 anos contra a Covid-19. A espera de 20 minutos logo após a aplicação do imunizante não será mais necessária, segundo o órgão. A medida vinha sendo adotada desde o começo da campanha para essas faixas etárias como forma de prevenir possíveis efeitos adversos. Dados coletados mostraram que esta pausa não precisa ser feita.
De acordo com a SES, até esta terça, cerca de 790 mil doses foram aplicadas para crianças com essas idades no Estado e não houve notificação de nenhum efeito grave após o ocorrido. O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) monitora essas situações, tendo registrado até agora uma relação de 2,8 casos leves de Eventos Adverso Pós-Vacinação (EAPV) a cada 10 mil doses aplicadas, o que está dentro do previsto. Na maioria, esses casos foram de dor no local da vacina, vermelhidão, dor de cabeça ou febre, com duração de até 48 horas.
Mesmo que a obrigatoriedade do período de observação tenha sido retirada, a SES reiterou que os profissionais de saúde devem informar os pais ou responsáveis sobre as reações mais esperadas nas crianças. Além disso, caso algum efeito seja notado no prazo de até 30 dias após a imunização, os familiares devem relatar o ocorrido no local em que foi feita a aplicação.
A vacinação das crianças hoje está liberada com dois tipos de imunizantes. A vacina pediátrica da Pfizer foi liberada para uso em crianças dos 5 aos 11 anos, num esquema de duas doses com oito semanas de intervalo entre elas. A Coronavac foi liberada para uso em crianças de 6 a 11 anos (desde que não imunodeprimidas), em duas doses, com intervalo de 28 dias entre elas.