11/02/2022 às 17h30min - Atualizada em 11/02/2022 às 17h30min

RS inicia 2022 com redução em todos os indicadores criminais

Em janeiro, 22 índices divulgados mensalmente ficaram abaixo do registrado no mesmo mês em 2021

Todos os 22 índices de criminalidade divulgados mensalmente pela Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP) tiveram queda no primeiro mês de 2022. Indicadores de homicídios, latrocínios, crimes patrimoniais, feminicídios e demais delitos de violência contra a mulher – encerraram janeiro em queda no Rio Grande do Sul, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Os dados foram apresentados nesta sexta-feira (11) pelo governador Eduardo Leite e pelo vice-governador e secretário da SSP, delegado Ranolfo Vieira Júnior, em ato público na Rua Garibaldi, conhecida como Rua Coberta, no Centro de Esteio. Autoridades locais também participaram. A cidade da Região Metropolitana, tradicional sede da Expointer, foi palco da divulgação por ter zerado em janeiro, pelo segundo ano seguido, os homicídios. Além disso, o município está desde setembro de 2017 sem latrocínios.

Homicídios

Crime considerado em todo o mundo como principal métrica da violência, os homicídios no Rio Grande do Sul mantiveram em janeiro a tendência de queda dos últimos anos. O número de vítimas passou de 152, no primeiro mês de 2021, para 135, uma retração de 11,2% e o menor total de 2006.

Latrocínios

A redução mais expressiva entre os crimes contra a vida no Estado ocorreu nos latrocínios. Enquanto o primeiro mês do ano passado havia registrado seis casos, houve apenas um em janeiro de 2022, uma queda de 83,3% e a menor marca desde que teve início a contabilização deste tipo de delito no Rio Grande do Sul, em 2002. O caso único de janeiro foi registrado no dia 10, em Alegrete. O dono de um bar foi encontrado morto no estabelecimento, no bairro Cidade Alta. Segundo familiares, o veículo da vítima foi roubado da residência que fica ao lado do bar, o que torna o latrocínio a principal linha de investigação até o momento.

Feminicídios

O indicador, que em dezembro já havia ficado em estabilidade, registrou retração de 9,1% em janeiro, com uma vítima a menos na comparação com o mesmo mês de 2021, passando de 11 para 10 vítimas. Os outros quatro indicadores de violência contra a mulher acompanhados pela SSP também tiveram redução.

Apesar da queda, o patamar ainda alto de feminicídios em janeiro mantém em alerta as forças de segurança com a intensificação de operações e cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão para recolher armas e reprimir agressores. Entre essas iniciativas, a Polícia Civil iniciou na segunda-feira (7) uma série de ações integradas no âmbito da segunda edição da Operação Resguardo, ofensiva nacional de combate à violência contra a mulher, coordenada pelo Ministério da Justiça e da Segurança Pública.

As autoridades reforçam a importância das denúncias, seja por parte das próprias vítimas, familiares, amigos e até mesmo desconhecidos, para possibilitar a ação policial logo aos primeiros sinais de abuso, de forma a romper o ciclo de violência antes que ele se encerre em um feminicídio.

Além dos feminicídios, também registraram queda em janeiro os delitos de ameaça, lesão corporal, tentativa de feminicídio e estupros, com a retração mais expressiva: 35,2%.

Crimes patrimoniais

Nos roubos de veículos, o número de ocorrências em janeiro baixou de 549, no ano passado, para 390 neste ano, queda de 29%. Na comparação com 2018, último ano antes da implantação do RS Seguro, quando apenas no primeiro mês do ano 1.579 motoristas tiveram seus veículos levados por assaltantes no Estado, a marca atual representa retração de 75,3%. Nos roubos a transporte coletivo o número de casos em janeiro baixou de 126 em 2021 para 79, uma retração de 37,3%.

Nos ataques a banco, somadas as ocorrências de roubos e furtos, o Rio Grande do Sul teve apenas um caso no mês, o que representação retração de 75% em relação aos quatro registros no mesmo período do ano passado. Em 2016, no pico de ocorrências na série histórica, o número de estabelecimentos bancários furtados ou roubados no intervalo de 31 dias de janeiro chegou a 29. A ocorrência única de janeiro foi um furto arrombamento de uma agência bancária no centro de Rio Grande, no Sul do Estado.

Também entre os crimes característicos do meio rural, o cenário em janeiro manteve a tendência de redução dos últimos três anos. O número de ocorrências de abigeato no RS foi o menor já registrado para o mês desde o início da contabilização, com 295 casos, 11,4% menos que as 333 ocorrências de janeiro do ano passado.


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