Representantes do agronegócio gaúcho reagiram com surpresa à suspensão temporária das contratações de crédito rural nas linhas subsidiadas do Plano Safra 2021/22. A medida, anunciada pelo Ministério da Economia às instituições financeiras na última sexta-feira (4), valerá até o fim de fevereiro. A justificativa é que não há recursos no orçamento da União para bancar novas operações subvencionadas.
“É um balde de água fria para nós, que estamos trabalhando em renegociação de dívidas para produtores atingidos pela estiagem”, disse o economista-chefe da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), Antônio da Luz. Além de inviabilizar o crédito na reta final do ciclo 2021/22, a medida traz preocupação quanto ao próximo Plano Safra, para o ciclo 2022/23, avalia o economista.
A suspensão também traz dificuldades para o financiamento da safra de inverno deste ano, afirmou o vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-RS), Eugênio Zanetti.