Alunas do curso de Engenharia Civil da URI, Câmpus de Frederico Westphalen, realizaram, na sexta-feira, 26, suas apresentações de Trabalhos de Conclusão de Curso na cidade de Ametista do Sul, especificamente no Garimpo Restaurante Subterrâneo, no Ametista Parque Museu. A apresentação dos trabalhos aconteceu nas minas, com apoio da comissão da Expopedras 2022, por envolverem frutos do grupo de pesquisa Concretos com Resíduos de Garimpo de Pedra Ametista, iniciado em 2014.
Os trabalhos apresentados foram “Reações Expansivas em Agregados do Coproduto da Extração de Pedra Ametista”, da acadêmica Larissa Dalpiva Riboli, e “Utilização do Coproduto da Extração da Pedra Ametista para a Produção de Peças de Concreto para Pavimentação”, da aluna Vanessa Inês Urnau. Os estudos fazem parte do Grupo de Pesquisa do curso de Engenharia Civil que desenvolve soluções para situações cotidianas das comunidades regionais.
O orientador das pesquisas, professor William Widmar Cadore, comenta que foi um momento singular. “Conseguimos completar essa etapa dos trabalhos com sucesso, entregando ótimos estudos e resultados, que se somam aos anteriores e viabilizam o uso dos rejeitos na cadeia da construção civil. Foi especial apresentar as pesquisas à comunidade, cumprindo com nosso papel enquanto universidade comunitária. Sem sombra de dúvidas, a primeira defesa em mina subterrânea ficará gravada na memória por muito tempo”, comenta.
Estiveram presentes no evento, entre diversos convidados, o prefeito de Ametista do Sul, Jadir Kovaleski, e o engenheiro de minas Anderson Oliveira, representando a Cooperativa De Garimpeiros do Médio Alto Uruguai (Coogamai). Segundo o engenheiro, os trabalhos desenvolvidos e apresentados são importantes pois tratam de um produto que anteriormente era pensado como um malefício para o meio ambiente, e agora pode se tornar uma situação de ganho para o município e quem trabalha nos garimpos. “Esse rejeito da mineração pode ser trabalhado e pesquisado para ser utilizado em vários vieses. Nesses trabalhos, estamos tratando como artefatos de construção civil, beneficiando o município como um todo. Esse movimento da universidade é muito importante junto à comunidade, e poder estar trabalhando com a URI é um motivo de muito orgulho”, ressalta.
Em depoimento, o prefeito Kovaleski destacou a importância do trabalho dos professores e acadêmicos da URI. “É um trabalho brilhante que vem de encontro com um problema que temos no município. Fazemos a extração de pedras preciosas, que gera muitos rejeitos que não são utilizados, e a apresentação desses projetos pode viabilizar um grande negócio para se utilizar esses rejeitos e transformar em geração de emprego e renda para o município e pessoas envolvidas no projeto”, frisa.