16/12/2016 às 10h50min - Atualizada em 16/12/2016 às 10h50min

​Um ano de surpresas

Os anos pares iniciam com especulações e a certeza de grandes movimentações no cenário político. A cada dois anos, os eleitores vão às urnas para definirem os próximos mandatários ou mesmo ratificarem os nomes daqueles que já se encontram no poder. Em 2016, a conjuntura política não se limitou à campanha e trouxe alterações expressivas na esfera federal, principalmente.
Se no interior a calmaria, de certa forma, continuava, Brasília superou as expectativas, inclusive, de renomados cientistas políticos. Quem diria que o Congresso Nacional se tornaria o centro das atenções com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e os escândalos envolvendo, principalmente, o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB) e o senador Renan Calheiros (PMDB).
Mas, o ano está no fim. Antes de encerrá-lo, porém, os senadores aprovaram, em segundo turno, após votação dos deputados federais, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55/2016, denominada de PEC 241/2016 na Câmara dos Deputados. Cria-se, com isso, um limite para os gastos públicos pelos próximos 20 anos. A aprovação significa uma das grandes vitórias do presidente Michel Temer (PMDB).
A partir desses poucos acontecimentos, o Brasil, com certeza, viverá de modo diferente. As mudanças enfrentadas pela sociedade deverão ser corriqueiras. A maioria dos elementos políticos pauta-se na retomada do crescimento econômico, em decorrência da estagnação sofrida nos últimos anos, pois, por exemplo, o afastamento de Dilma e o congelamento dos gastos públicos estão intimamente relacionados com a quebra da economia.
Busca-se, dessa forma, reencontrar um caminho para fortalecer os investimentos, gerar emprego e garantir renda. Os mecanismos utilizados para se alcançar esse resultado, no entanto, são discutidos, inclusive no tocante à inconstitucionalidade do impeachment da ex-presidente, que não possuía mais qualquer poder de governabilidade frente a um Parlamento contrário à sua administração. E um governo não se mantém sem apoio do Legislativo.
Enfim, o cenário político dificilmente mostra-se estável. No Brasil, geralmente, as insatisfações levam a modificações impactantes, a exemplo da instituição de uma ditadura militar em 1964. Espera-se, contudo, que esse extremo não seja retomado. Almeja-se, em verdade, que se encontre uma luz no fim do túnel para reorientar os gestores e representantes para uma condução coerente em seus mandatos.
 
UM NOVO TEMPO ESTÁ CHEGANDO
Ao desejar um feliz e abençoado Natal, como momento precursor de um novo ano repleto de aprendizados e conquistas, agradeço a vocês, estimados leitores, por me acompanharem semanalmente nestas linhas. É uma satisfação, pelo quarto ano consecutivo, utilizar deste espaço para propagar informações e reflexões acerca da conjuntura política e jurídica, embora, por vezes, os acontecimentos relatados não sejam tão louváveis.
Obrigado!
Que o espírito natalino nos leve a refletir sobre nossas ações e, principalmente, que possamos caminhar sempre em busca do aperfeiçoamento, tanto pessoal quanto profissional. Que 2017 nos reserve grandes momentos, ao lado de pessoas que nos fazem felizes e nos motivam a trilhar a vida não somente de forma individual, mas, sim, pensando na coletividade, como fundamento de uma sociedade solidária, plural e desenvolvida.
Boa reflexão!
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