09/12/2016 às 10h41min - Atualizada em 09/12/2016 às 10h41min

Educação brasileira e movimentações políticas

Brasil continua deficiente em educação
 
Mais um resultado do ranking mundial de ensino foi divulgado nesta semana. Realizada a cada três anos, a pesquisa é desenvolvida pela Organização dos Países Mais Desenvolvidos e aponta os resultados da educação. Os números continuam deixando o Brasil em um patamar retrógrado frente a outros Estados-soberanos, inclusive menos desenvolvidos economicamente.
Embora os países da Europa tenham estagnado, o Brasil encontra-se com o mesmo índice de uma década atrás em áreas como ciências, leitura e matemática. Os europeus, porém, mantiveram as suas colocações em níveis avançados. Os brasileiros, todavia, estão atrás, por exemplo, de Colômbia, México e Uruguai, cujos países apresentam investimentos inferiores na educação. O problema deve estar na estrutura metodológica do ensino.
Em uma análise com 540 mil estudantes de 72 Estados-soberanos, de 15 e 16 anos, o Brasil ficou em 63º lugar na prova de ciências, 59º em leitura e 65º em matemática. Na área de ciências, conforme relatório da pesquisa, mais da metade dos alunos brasileiros não apresenta repertório básico para conseguir identificar e explicar fenômenos científicos expressivamente simples. Caso diferente é o de Singapura, que está em 1º lugar no ranking.
O Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) demonstra, portanto, que investimento financeiro elevado não significa qualidade na educação, visto que o Estado brasileiro aumentou os recursos, mas não avançou no ranking. Singapura, China, Japão e Finlândia, com as melhores posições, apontam como resultado o investimento no professor, por meio de salários iniciais atrativos, desenvolvimento profissional e valorização.
Fica, pois, a necessidade de o poder público e a iniciativa privada reavaliar a estrutura da educação básica. Há diversos debates sendo cunhados, atualmente, para a construção da base nacional comum curricular, fomentando a profissionalização dos educandos, mas, além disso, urge o dever de valorizar o corpo docente para instigar os alunos a pensarem, e não apenas, como ora ocorre, decorarem conceitos e teorias.
 
Movimentações políticas em 2016
 
O ano de 2016 chega ao fim com um histórico marcante de movimentações políticas no Brasil. A estabilidade dos governos e o poder nas mãos da esquerda foram afetados pelo clamor popular e os expressivos escândalos de corrupção noticiados em decorrência da Operação Lava-Jato. Um ciclo está se encerrando e dando lugar a um novo projeto político. Melhor ou não? Só o tempo dirá.
Prisão de diversos mandatários, impedimento da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), renúncia de Eduardo Cunha (PMDB) da presidência da Câmara dos Deputados e, agora, afastamento de Renan Calheiros (PMDB) da presidência do Senado Federal são algumas das revoluções de 2016 na esfera federal. Os grandes nomes do Poder Executivo e do Poder Legislativo restaram prejudicados.
A linha sucessória do Palácio do Planalto mudou completamente neste ano. Com a saída de Dilma, Michel Temer (PMDB), então vice-presidente, assumiu como chefe do governo federal. Os sucessores imediatos são os presidentes da Câmara e do Senado, respectivamente, e seriam todos peemedebistas, mas, com a renúncia de Cunha e o afastamento de Calheiros, o cenário alterou.
O que virá em 2017?
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