29/09/2017 às 10h31min - Atualizada em 29/09/2017 às 10h31min

O Aposentado Happy Vô Nani!

É um barato estar aposentado. Desde março de 2010 estou aposentado.
            Incrível descobrir que a aposentadoria é uma nova vida. É um renascer divertido e sem compromissos.
            Descobrir que tudo é possível.
            Ficar encantado com as pequenas e grandes maravilhas deste mundo que dantes não percebia.
            Ter de volta uma vida simples e sem complicações.
            Não mais ter que ficar cansado de dias cheios de computadores que falham...
            De montanhas de papeladas...
            Notícias deprimentes...
            Agora posso viajar a qualquer tempo e hora.... Agora eu posso!
            Ah! Também posso navegar com meus netos, em barquinhos de papel, numa poça deixada pela chuva.
            Ainda jogar pedrinhas na água e ter tempo com eles para olhar as ondas que elas formam.
            Agora posso provar e achar que as moedas de chocolate são melhores do que as de verdade, porque podemos comê-las e ficar com a cara toda lambuzada. Eu e meus netos.
            Sou feliz passando tardes de verão à sombra de uma árvore ou à beira da piscina, lagarteando com os meus amigos.
            Hoje sou um cara coroa que usa brinco, masca chicletes e que acha que picolés são tudo de bom.
            Não! Não voltei ao tempo em que se era feliz, simplesmente avancei no meu tempo e continuo mais feliz.
            Hoje sou mais maduro... faço o meu tempo... faço o que gosto...
            Tudo é novo de novo.
            É uma tempestade calma de acontecimentos quotidianos de novos dias, noites e momentos.
            Aposentadoria agora é minha profissão.
Aposentado profissional, sem deveres e cheio de direitos.
            Se aposentadoria é minha profissão, meus netos são a minha paixão.
            Isabela e João Marcelo, meus netos.
Netos! Netos são as horas do carinho ocioso e estocado, não exercido integralmente nos próprios filhos. É carinho e amor que transborda.
            Deve ser por isso que os vovôs e vovós são tão desmensurados e distribuem tão incontrolável carinho.
            Os netos são a última oportunidade de reeditar o nosso afeto... o nosso amor.
            Penso com meus botões nas casas da minha camisa, que por isso é necessário fazer coisas a mais, antes que eles cresçam, antes que eles alcem voos sozinhos.
            Penso que enquanto neste mundo, devemos fazer acontecer momentos bons e felizes para vive-los intensamente, enquanto ainda podemos... antes que sejamos apenas lembranças.
            Não posso mais procurar ser um melhor filho, meus pais estão além do arco-íris, mas ainda posso buscar ser um melhor pai, um melhor eu e sempre... um melhor avô.
            A gente só aprende a ser filho depois que somos pais...
            Só aprendemos a ser pais depois que somos avós...
            Enfim, talvez só aprenderemos a viver depois que já não tivermos mais vida.
 
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Um abraço para o meu amigo Alexandre Soldateli. Baita parceirão.
 
 
 
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