04/08/2017 às 10h05min - Atualizada em 04/08/2017 às 10h05min

Sobre o tal do Sarahah

Que meu trabalho é 90% em redes, não é segredo para ninguém. Sendo assim eu procuro/preciso estar sempre por dentro do que está acontecendo nas redes, estratégias, palavras, assuntos, etc.
Essa semana eis que surge um tal de SARAHAH. O aplicativo da "franqueza" como o próprio nome traduzido ao pé da letra sugere. A ideia é, você cria uma conta e pode enviar ou receber mensagens de forma anônima. Qualquer usuário (caso você libere o bloqueio que tem contra pessoas não autorizadas) pode enviar um feedback sobre a sua pessoa, de modo super sincero, e, ele não será identificado a não ser que assine o seu nome, ou o nome que ele quiser inventar. 
Eu gostaria de começar essa frase com um palavrão, mas vou abreviar... PQP!
Onde está a tal franqueza nisso?
Então agora existe um aplicativo para que as pessoas possam semear discórdias, intrigas, fofocas, indiretas ou até mesmo dizer a verdade, mas enfim tudo muito anônimo.
Pergunto: por que eu iria querer saber a opinião de uma pessoa, a meu respeito, se essa pessoa sequer tem coragem de se identificar? Que bem (ou mal) pode me fazer uma pessoa que tem algo a me dizer, mas não tem coragem de olhar nos meus olhos enquanto fala?
Posso parecer antiquada, já passei dos 30 faz tempinho, mas acredito que alguns valores devem permanecer os mesmo, e a sinceridade é um deles.
Ao longo dos aninhos acima já citados fiz muitas amizades e inimizades, mas, sabe, de uma coisa eu posso me orgulhar. Sempre fui direta. Às vezes poderia ter sido mais delicada com as palavras, mas se eu gostar de você, você saberá.
Amizades, inimizades, companheiros, inimigos, o bonito disso tudo está na transparência, característica essa que não vejo nenhuma no tal Sarahah
E o que me dá mais desgosto (usando uma palavra bem basiquinha) é saber que as pessoas e principalmente as mulheres estão usando o tal aplicativo umas contra as outras. Não, eu não recebi nenhum Sarahah (não que eu saiba pelo menos), criei, espiei, vi do que se tratava e nunca mais acessei. Mas, fiz uma intensa pesquisa e vi o quanto as mulheres podem ser letais umas contra as outras, as meninas vamos dizer assim, pois mulher que é mulher não manda recadinho. 
A inveja, a intolerância, o sentimento de perda, o desejo de poder, a baixa autoestima (sim baixa, por mais que você diga que faz o que quiser contra quem quiser pois se garante, desculpa amor, mas tua autoestima está baixa, caso contrário não precisaria afetar ninguém para se autoafirmar) acabam levando pessoas a ter atitudes tão desprezíveis que preenchem o mundo de ódio e rancor.
Desculpa se minha opinião não condiz com a tua, é um direito seu e meu, mas o Sarahah é mais uma modinha, daquelas que todo mundo entra e ao final saem mortos, feridos e os que se salvaram. E por mais que meu mundo seja o fashion e o das novidades, tem modinha que é preferível passar batido, e a da intolerância com certeza é uma delas. Entre mensagens e snaps, ainda prefiro o olho no olho!
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